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Os empréstimos bancários na China atingiram em agosto o maior valor já registrado para este mês na série histórica, ficando bem acima das projeções de analistas. Isso sinaliza a disposição do governo de reverter uma desaceleração que ameaça a segunda maior economia do planeta. Nesse mesmo sentido, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, sugeriu em discurso ontem que o país dispõe de mais instrumentos fiscais e monetários para estimular o crescimento.
 
Em reação às notícias, as ações de empresas chinesas negociadas em Nova York subiram. O Índice Bloomberg de Ações China-EUA teve uma alta de 1,7%, atingindo o maior nível em duas semanas.
 
Segundo o Banco do Povo da China (o banco central do país), os novos empréstimos no mês passado atingiram a marca de 703,9 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 111 bilhões). O volume é superior à previsão da mediana de 32 analistas consultados pela agência de notícias Bloomberg, de 600 bilhões de yuans, e aos 540 bilhões de yuans registrados em julho.
 
A expansão na concessão de empréstimos ocorre na sequência de cortes nas taxas de juros em junho e julho, da aprovação governamental para projetos de construção de metrô e estradas e de um alerta do Ministério do Trabalho de que a freada da economia está começando a afetar a demanda por mão de obra. Nos últimos dois dias foram divulgados números apontando queda nas importações em agosto e desaceleração na produção industrial, reforçando os pedidos por mais ações de estímulo.
 
“Os dados [de empréstimos bancários] sugerem que a China está conseguindo ampliar o financiamento necessário para implementar medidas de estímulo”, avaliou Dariusz Kowalczyk, economista-sênior do Crédit Agricole em Hong Kong. “Isso prenuncia uma recuperação mais nítida do ritmo de crescimento” no quarto trimestre, acrescentou.
 
Ao discursar no evento Fórum Econômico Mundial, em Tianjin, o primeiro-ministro Wen Jiabao disse que o governo tem plena confiança de que cumprirá as metas econômicas estabelecidas para este ano e indicou que, além das medidas já adotadas até aqui, ainda há mais munição no arsenal.
 
“Seja monetária ou fiscal, ainda temos ampla força”, afirmou Wen. O governo tem 100 bilhões de yuans num fundo de estabilização fiscal e “[os usará] de maneira apropriada como política preventiva e de ajuste fino para impulsionar crescimento econômico estável”, disse o premiê.
 
Segundo Wen, a China mantém uma política fiscal pró-ativa, uma política monetária prudente, vem aperfeiçoando medidas para estabilizar as exportações e implementou uma série de ações para fortalecer a demanda doméstica.
 
As autoridades em Pequim estão lutando para impedir que a taxa de expansão da economia chinesa caia abaixo da meta de 7,5% estabelecida em março – a qual já seria a mais fraca deste 1990.
 
Fonte: Valor Econômico/ Bloomberg – 12/09/2012

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