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Banqueiros centrais e financistas importantes foram convidados a irem até Basileia pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em meio à crescente preocupação com o ressurgimento da “tomada excessiva de riscos” que desencadeou a crise financeira. Em seu convite, o BIS, conhecido como o banco dos bancos centrais, citou informações de que “as instituições financeiras estão voltando a ter o comportamento agressivo que prevaleceu durante o período pré-crise”.

Entre os presidentes de bancos privados que pretendem participar da reunião no fim de semana na Suíça estão Larry Fink, do BlackRock; Vikram Pandit, do Citigroup; e John Stumpf, do Wells Fargo. Lloyd Blankfein, executivo-chefe do Goldman Sachs; e Jamie Dimon, executivo-chefe do J.P. Morgan Chase, foram convidados, mas não pretendem participar.

O encontro acontece num momento de muita incerteza, com a titubeante recuperação da economia mundial ofuscada pelo “tamanho da dívida do setor privado e pelo crescimento acelerado da dívida pública”, além das altas taxas de desemprego, segundo consta no convite. 

“A preocupação aqui é que a promessa prolongada de crédito barato e financiamento amplo poderá encorajar a tomada excessiva de riscos”, diz a nota. “Por exemplo, os baixos custos de financiamento, juntamente com a curva íngreme de rendimento, poderão deixar os participantes vulneráveis a futuros aumentos das taxas de política monetária – uma situação que lembra as turbulências ocorridas no mercado de bônus em 1994, que se seguiram ao abandono pelo Federal Reserve (Fed) de um período prolongado de juros baixos.”

A nota demonstra preocupação com a deterioração das finanças públicas e alerta que um vacilo em relação à prudência fiscal “poderá provocar uma ruptura grave nos mercados de bônus, se isso levar a temores com a qualidade de crédito ou a inflação, por causa de preocupações com os incentivos do governo para reduzir a dívida”. 

No passado, o BIS promovia essas reuniões com presidentes de grandes bancos privados todos os anos, na Basileia. Mas esses encontros têm sido mais frequentes recentemente e raramente a agenda é anunciada antecipadamente.

Outros bancos que deverão comparecer são o HSBC, BNP Paribas e ING. “Essas reuniões são uma tentativa de proporcionar uma perspectiva do mundo real às deliberações dos dirigentes mundiais”, disse um funcionário do Fed. “Os BCs querem ter uma ideia a que os mercados estão reagindo.”

Fonte: Valor Econômico – Henny Sender/Financial Times – 08/01/10

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