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O ritmo de crescimento da demanda por crédito no país levou o Banco Central (BC) a reforçar seu poder de fiscalização sobre os empréstimos bancários. A instituição anunciou ontem que as operações financeiras a partir de R$ 1 mil também passarão a ser monitoradas pelo Sistema de Informação de Créditos (SCR) — hoje o monitoramento funciona somente para empréstimos acima dos R$ 5 mil. A mudança representa a inclusão na base de dados de R$ 159 bilhões em empréstimos, 90% deles concedidos a pessoas físicas. Os bancos terão que fornecer as informações a partir de abril de 2012 e as cooperativas de crédito a partir de julho.

O monitoramento da concessão de menor valor permitirá o controle de 96% de todos os empréstimos concedidos no país. A expansão é pequena — inferior a 10% — em relação ao volume total de empréstimos já monitorados, na ordem de R$ 1,7 trilhão. Mas, a perspectiva é que o percentual cresça com a expansão do emprego e da renda. “O volume de créditos de pequeno valor cresceu muito nos últimos anos, embora represente ainda pouco em relação ao volume total”, afirma o diretor de fiscalização do BC, Anthero Meirelles.

O número de operações de crédito entre R$ 1 mil e R$ 5 mil 60 milhões em junho de 2005, ultrapassou os 140 milhões em outubro deste ano. Em termos de volume, a expansão também foi alta: saltou de R$ 50 bilhões em 2005 para R$ 159 bilhões neste ano. O BC investiu R$ 5 milhões para reforçar seu sistema de armazenamento de dados. A melhoria, além de aumentar a base de monitoramento, também elevará o poder de fiscalização. A autoridade monetária também passará a conhecer como as instituições financeiras avaliam os riscos dos empréstimos de carteiras, evitando problemas futuros.

“A reformulação vai reduzira possibilidade de fraudes”, diz Meirelles. A partir da mudança ficará mais difícil para que as instituições financeiras negociem carteira de crédito de forma duplicada, como aconteceu no caso Panamericano.

A medida também trará benefícios para o tomador de crédito. Segundo Meirelles, como 90% da faixa de empréstimos entre R$ 1 mil e R$ 5 mil é obtida por pessoas físicas, as informações sobre o seu comportamento como bom pagador serão incluídas no sistema e permitirá que o tomador de crédito negocie taxas de juros menores por exemplo. “Se ele for um bom pagador, poderá inclusive ter a possibilidade de negociar condições de pagamentos e taxas de juros mais favoráveis.”

Fonte: Valor Econômico/Ruy Barata Neto – 13/12/2011

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