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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, deu um recado sobre a taxa de juros neutra: é preciso dar atenção na tendência de queda, não só no número de 5,5% ao ano, como mostrou pesquisa sobre o assunto feita pelo BC com o mercado financeiro. “O importante não são os números, mas sim a tendência da taxa neutra de juros”, disse.

A taxa de juros neutra (também conhecida como taxa de juros de equilíbrio) é aquela que permite o crescimento da economia sem adicionar pressões inflacionárias. Alguns analistas vinham fazendo uma conta um tanto mecânica: com inflação pouco acima de 5% e juros de equilíbrio de 5,5%, não haveria muito espaço para novos cortes de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Tombini fez a declaração no lobby do Hotel Nikko da Cidade do México, local da reunião do G-20. Segundo ele, os juros reais de equilíbrio seguem em queda e a pesquisa divulgada na semana passada pelo BC é alentadora porque mostra uma importante melhora de fundamentos econômicos, embora diga pouco sobre a decisão que será tomada na próxima reunião do Copom.

Tombini evitou estabelecer uma relação direta da queda da taxa de juros neutra com os próximos passos de política monetária. “Em relação à ligação do impacto da pesquisa, que é de caráter estrutural, com as decisões de curto prazo, acho que terá pouco impacto sobre a estratégia da autoridade monetária, mas sem dúvida é uma informação relevante.” O Copom se reúne dias 6 e 7 de março.

Para Tombini, “o importante não são os números, mas sim a tendência” da taxa neutra de juros. Ele afirmou que o declínio fica expresso em dois dados da pesquisa. Primeiro, a queda da taxa percebida pelos analistas do mercado entre a pesquisa de 2010 (6,5% ao ano) e o levantamento atual (5,5% ao ano na mediana).
O segundo dado, afirmou Tombini, é que a maioria dos analistas que respondeu à pesquisa do BC acredita que a taxa de juro neutra continuará em queda nos próximos dois anos.

“O processo de redução do juro neutro não se esgotou no Brasil, de acordo com essas pessoas que foram consultadas na pesquisa”, disse. “A expectativa da maioria é que nos próximos dois anos haja uma redução adicional do juro neutro.”
Tombini prosseguiu: “Isso na nossa visão é consistente com nossa estratégia, desde agosto, de redução da taxa de juros, por um lado, e consistente com um período em que a inflação continue em um processo de convergência à meta de inflação.”

O presidente do Banco Central disse que a estratégia de política monetária continua mantida. “O BC tem comunicado ao público o que ele entende ser a estratégia de política monetária mais adequada neste momento. Vem reduzindo a taxa de juros de desde agosto, em 200 pontos base”, disse. “O BC sinalizou recentemente que há uma alta probabilidade de que tenhamos no futuro uma taxa de juros de um dígito. Essa estratégia não se alterou até o dia de hoje”, completou.

Fonte: Valor Econômico/ Alex Ribeiro – 27/02/2012

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