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Se o crédito promete crescimento na próxima década, não faltam obstáculos para atrapalhar o caminho. De entraves mais estruturais do Brasil a reformas menores, há uma lista de mudanças que poderiam dar mais fôlego ao mercado brasileiro.
 
É o caso, por exemplo, do avanço dos bancos públicos sobre as operações de crédito. Essas instituições respondem hoje por 45% do estoque de empréstimos e vêm avançando. “Há uma mentalidade no governo de que o banco público é um instrumento de política econômica”, diz Monica de Bolle, sócia da Galanto Consultoria.
 
“Isso tem efeitos distorcivos sobre a alocação de recursos”, argumenta, já que os bancos públicos, em especial Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), competem em condições desiguais às das instituições privadas, avalia.
 
Os efeitos de uma maior pressão inflacionária no ano que vem, cenário que ganha corpo nas avaliações do mercado, podem azedar a expansão do crédito momentaneamente, avalia José Carlos Faria, economista-chefe do Deutsche Bank. “Um repique de inflação no próximo ano poderá desacelerar a expansão do crédito, caso o governo tenha que reagir aumentando a taxa de juros ou então introduzindo medidas macroprudenciais para esfriar a demanda”, diz.
 
“É preciso retomar e avançar em uma agenda microeconômica positiva para o crédito”, diz Carlos Kawall, economista do J. Safra e ex-secretário do Tesouro. Na opinião dele, mudanças como a diminuição da insegurança jurídica do arrendamento mercantil (leasing) de veículos e o uso do PGBL ou VGBL como garantia de empréstimos seriam reformas possíveis.
 
Linha que promete ser o principal vetor de crescimento do crédito, o financiamento imobiliário também tem espaço para reformas, afirma Octavio de Barros, diretor do Bradesco. Entre as mudanças, estariam a diminuição do custo operacional da linha (com a unificação dos cartórios, por exemplo) e a diversificação das fontes de recursos de longo prazo. “Esses são os temas que devem ser endereçados para permitir uma expansão do imobiliário sem barreiras nos próximos anos.” O Bradesco projeta crescimento médio de 16% ao ano para a modalidade.
 
Fonte: Valor Econômico/ Felipe Marques – 10/09/2012

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