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A elevada demanda por produtos na área de transportes e logística garantirá que o Banco Randon consiga em 12 meses realizar um volume de negócios entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões. A nova instituição, que pertence ao grupo de mesmo nome, tem como principal objetivo fazer o financiamento de distribuidores e clientes em todo país. “A demanda é maior do que o dimensionamento inicial dos negócios, mas queremos primeiro consolidar a operação antes de elevar os volumes”, explica o diretor-superintendente da instituição financeira, Joarez Piccinini.

De acordo com o plano de negócios do banco, que começou a operar ontem com um capital de R$ 25 milhões, serão financiadas as compras de peças para manutenção por parte dos revendedores e os clientes finais, que compram implementos para transporte (reboques, vagões ferroviários, retroescavadeiras). Com participação menor na operação do banco, os fornecedores também serão contemplados com linhas de capital de giro.

Assim como nos bancos de montadoras que financiam veículos pesados, o Random terá como principal fonte de recursos as linhas de repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Mesmo com o fim do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), previsto para dezembro, as taxas do BNDES ainda são as melhores para os clientes”, observa o executivo, que antes de assumir o banco estava no Banco Votorantim, em Londres.

Como a principal fonte de recursos será o BNDES, Piccinini admite que é difícil oferecer uma taxas mais competitivas que as da concorrência, uma vez que todos trabalham com o banco de fomento.

O diferencial, segundo o executivo, estará no atendimento e na agilidade na liberação do crédito, seguindo, assim, a cartilha dos bancos de nicho.

Além dos recursos do BNDES, o banco pretende fazer emissões de certificados de depósitos bancários (CDB) para complementar a sua captação e ter recursos para atender aos clientes que não se enquadram nas exigências do BNDES. De acordo como executivo, inicialmente o volume de captações de CDB deve ser baixo, mesmo com a possibilidade das empresas do grupo comprarem esses certificados.

Apesar de confiante na operação, Piccinini explica que na primeira fase o objetivo não é roubar mercado das instituições que já atuam nesse mercado.

O vice-presidente do conselho de administração do banco e diretor de finanças da Randon, Astor MiltonSchimitt, lembra que as empresas do grupo já financiavam seus fornecedores e clientes por meio da antecipação de recebíveis.

Um dos fatores que incentivou a criação do banco foi que sobre essas operações, feitas dentro das empresas, incidiam todos os impostos usualmente pagos pela indústria (IPI, PIS, Cofins).

Agora, a mesma operação, feita pela instituição, terá a incidência apenas do Imposto sobre Operações Financeiras. “É um inegável processo de racionalização de custos”, avalia.

Fonte: Valor Econômico / Ana Paula Ribeiro – 02/09/2010

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