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A economia mundial, que já vinha de forte contração no segundo trimestre, começou o terceiro fracamente e sinalizando sérias dificuldades tanto em países desenvolvidos como em emergentes. Para analistas, os bancos centrais terão de examinar seriamente suas opções para estimular a economia nos próximos meses.
 
O Índice dos Gerentes de Compras (PMI), indicador antecedente de atividade industrial, ficou em julho abaixo da marca de 50 (limite entre contração e expansão) pelo segundo mês consecutivo. O índice caiu para 48,4 ante 49,1 em junho, registrando seu mais baixo nível desde junho de 2009.
 
A Europa continuou a ser a principal fonte de fragilidade em julho, enquanto o desempenho de EUA, Brasil e boa parte da Ásia foi lento na melhor hipótese. “A China foi a única grande economia a qual esperamos que o crescimento se acelere no segundo semestre, mas em ritmo bem fraco”, diz o analista Andrew Kenningham.
 
O volume de comércio internacional contraiu no maior ritmo desde abril de 2009. Novas encomendas declinaram pelo segundo mês. Houve mais perdas de emprego e as pressões de custos também diminuíram globalmente.
 
O resultado do índice do J. P. Morgan e da consultoria Markit é consistente com um PIB global crescendo 2% em termos anualizados, bem abaixo das projeções iniciais de 3%. “A fraca demanda e o ajuste nos estoques empurraram a produção manufatureira global a uma maior contração no começo do terceiro trimestre”, diz David Hensley, do J. P. Morgan, sobre o índice divulgado ontem.
 
O PMI industrial para a zona do euro e no Reino Unido afundou a seu mais baixo nível em três anos, um 44 “alarmante” e consistente, com queda de 10% na produção manufatureira da zona do euro neste ano. Sem surpresa, as economias da periferia, como Grécia e Espanha, tiveram o pior desempenho. Mas a pesquisa aponta queda particularmente forte na produção industrial da Alemanha. O Reino Unido teve quase um colapso nos mercados de exportação. O Leste Europeu aparece ligeiramente menos ruim, com deterioração na Polônia e República Tcheca.
 
Nos Estados Unidos, com 28% do PIB mundial, o índice da produção industrial permanece em torno de 49,8, bem melhor que na zona do euro. Mas ficou abaixo de 50 pelo segundo mês consecutivo, significando que os EUA não conseguiram sair da baixa de junho. O PIB americano caminha para crescimento de 1,5% anual.
 
Taxas de contração aceleraram em Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã, mas se atenuaram no Brasil e na China. Houve melhora em Canadá, Índia, Indonésia, Irlanda, México, Rússia e África do Sul.
 
A desaceleração global começa a derrubar mais economias asiáticas altamente dependentes de exportações. Companhias da Ásia relatam deterioração não vista desde abril de 2009 em Japão, Taiwan e Coreia do Sul, por exemplo. Somente o PMI da Índia e o da Indonésia sinalizam melhoras nas condições de negócios. Mas mesmo a Índia teve a primeira deterioração nas exportações desde outubro.
 
Para boa parte dos analistas, a desaceleração econômica nos EUA pode não ser aguda o suficiente para o Federal Reserve lançar nova liquidez (QE3), e o Banco Central Europeu (BCE) pode decepcionar hoje sobre as medidas anticrise na zona do euro. Mas os BCs vão precisar agir até o fim do ano para dar algum ritmo na recuperação econômica.
 
Fonte: Valor Econômico/ Assis Moreira – 02/08/2012

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