O sistema conhecido como mobile payment, que utiliza aparelhos móveis – telefones celulares, smartphones, entre outros – será o meio de pagamento mais utilizado no mundo até 2015.
De acordo com uma pesquisa global da consultoria KPMG International, 83% dos executivos entrevistados acreditam que, em até quatro anos, esta será a principal modalidade utilizada pelos consumidores, na comparação com meios tradicionais, como o dinheiro vivo, cheques ou cartões de débito ou crédito.
Ainda de acordo com o levantamento, 9% dos entrevistados já consideram os meios de pagamento móveis os mais importantes de suas áreas e 46% dos entrevistados acreditam que essa solução se firmará em primeiro lugar: em apenas dois anos. A maior parte das empresas (58%) já possui uma estratégia de envolvimento de pagamentos móveis em uso ou em desenvolvimento.
Atributos e desafios
A maioria dos entrevistados (81%) afirmou que a conveniência e acessibilidade são os principais atributos dos meios móveis de pagamento, seguidos pela simplicidade e facilidade de uso, com 73% das respostas. Segurança, com 57%, e baixo custo, com menos de 43%, aparecem logo a seguir.
Ao mesmo tempo, 71% dos entrevistados apontaram a segurança como o principal desafio para o desenvolvimento de estratégias para pagamentos móveis. O uso e a adoção de novas tecnologias ficaram em segundo lugar (57%), seguidos de privacidade (38%).
No Brasil
De acordo com a KPMG, o mobile payment também já começa a chamar a atenção no Brasil. “A realidade bancária brasileira é muito diferente da internacional: nosso sistema bancário é muito mais desenvolvido e avançado do que no resto do mundo, inclusive dos países desenvolvidos e, principalmente, nos segmentos de transações eletrônicas”, diz o sócio da KPMG no Brasil na área de Audit e líder para o segmento de Information, Communication & Entertainment, Manuel Fernandes.
Para o sócio da área de Performance & Technology da empresa, Frank Meylan, já se percebem algumas tendências entre as empresas que capturam as transações de cartão de crédito e de débito.
“Este mercado tem apenas dois grandes players, mas outros se mobilizam para entrar nele, atraídos pelo início do ciclo de reestruturação das transações”, afirma.
InfoMoney, 18/07/2011