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Os dados da nota de crédito divulgada ontem pelo Banco Central ajudam muito a explicar a queda nos índices de confiança do consumidor. E, ao mesmo tempo, lançam dúvidas sobre a consolidação da retomada. Um dos pilares do aumento do consumo – o endividamento das famílias – está um tanto quanto abalado. As dívidas que mais cresceram foram as piores.
 
Os dados da nota de crédito mostram que o uso do rotativo no cartão de crédito ficou 75% maior nos primeiros dois meses de 2013 em relação ao ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2012, as novas concessões em crédito rotativo no cartão somaram R$ 12,7 bilhões em cada um dos dois meses. Nos mesmos meses de 2013, esses valores aumentaram para R$ 22,4 bilhões e R$ 22,3 bilhões, respectivamente.
 
No total, em fevereiro deste ano foram concedidos R$ 113 bilhões para as pessoas físicas, considerando todas as modalidades (aquisição de veículos, aquisição de outros bens, cartão de crédito, cheque especial e todas as modalidades de crédito pessoal). No mesmo período do ano passado, foram R$ 90,6 bilhões. Do aumento total de R$ 22 bilhões, R$ 9,6 bilhões vieram do aumento do uso de crédito – ou seja, 43% da expansão total do crédito concedido no mês passado em relação a fevereiro do anterior não representaram aumento de consumo de bens. Apenas serviram para rolar dívidas já contraídas pelo consumidor.
 
O aumento desse crédito ruim ainda não refletiu em aumento da inadimplência. Ela cresceu um pouco no rotativo (de 14,9% em fevereiro de 2012 para 15,6% em igual mês deste ano), mas na média das pessoas físicas, os atrasos de 15 a 90 dias recuaram em proporção ao total de créditos concedidos.
 
Essa realidade de aumento do “endividamento ruim”, contudo, ajuda a explicar o desânimo que aparece nas pesquisas realizadas com consumidores e cria insegurança quanto ao ritmo de consumo futuro, até porque a renda neste começo de ano voltou a ser puxada pelos informais.
 
Na segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice de Confiança do Consumidor recuou, pelo sexto mês consecutivo, em março. A queda foi de 2% e, segundo a FGV, a preocupação do consumidor quanto ao futuro de suas finanças pessoais explica o mau humor.
 
Ontem, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou que a intenção de consumo das famílias caiu 2,5% tanto em relação a fevereiro como na comparação com março do ano passado. E a pesquisa, feita com 18 mil consumidores, mostra que a piora do humor foi mais expressiva entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos.
 
Fonte: Valor Econômico / Denise Neumann – 27.03.13

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