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Após a pior crise financeira em gerações, parece ridículo que investidores esperassem com tanta ansiedade para saber qual seria a nova taxa mínima de capitalização dos bancos, se 7% ou 8%. Afinal, nos EUA, por exemplo, a média de capital de nível 1 de todos os bancos ficou dois dígitos nas últimas décadas, segundo o Federal Deposit Insurance Corporation. Com certeza, o tamanho das ações comuns tangíveis caiu constantemente desde 2002, à medida que títulos preferenciais ganharam popularidade e os intangíveis pularam de nada, em 1980, para 4% dos ativos pouco antes da crise. Mas a realidade é que o acordo de Basileia 3 não parece ser tão diferente do que vigorava quando a crise eclodiu.

Apesar disso, o Comitê de Basileia de Supervisão Bancária está certo em elevar as taxas de capitalização mínimas exigidas. Independentemente de saber se futuras crises sistêmicas são mais prováveis ou não, mais capital de alta qualidade é igual a bancos mais seguros. Os bancos mais fracos terão de levantar capital, enquanto os mais fortes ficarão sob pressão para distribuir o excesso de capital. Acionistas, reguladores e governos, no entanto, precisam ficar atentos a três importantes verdades.

A primeira é relembrar que taxas de capitalização tem um numerador e um denominador. Tão crucial quanto exigir que os bancos tenham muito capital é avaliar seus ativos. O peso dado de acordo com o risco dos ativos reflete realmente a qualidade desses ativos? Como os tratamentos diferenciados para, digamos, veículos de propósitos específico, compensação líquida das posições em derivativos e operações compromissadas afetam a possibilidade de comparação? Que truques os bancos vão usar para reduzir o peso dos ativos de risco de forma a turbinar suas taxas de capitalização?

A segunda verdade é que o valor de um banco não se altera nem um pouquinho pela sua política de dividendos. Os investidores devem insistir num índice de capitalização tão baixo quanto possível, pois isso aumenta o retorno sobre o capital. Chatear a direção do banco só por altos pagamentos, porém, é perda de tempo para todos.

Finalmente, lembre-se que mais capital para os bancos significa menos capital para os outros, todo o resto ficando igual. Monitorar o balanço de cada companhia acabou de se tornar ainda mais importante.
Fonte: Valor Econômico / Financial Times – 13/09/2010

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