As letras financeiras (LF), títulos bancários com características semelhantes a debêntures de empresas, fecharam 2012 com um estoque de R$ 236,2 bilhões, de acordo com dados da Cetip, que concentra o registro das operações. O valor representa um crescimento de 59% em relação aos R$ 148,5 bilhões no fim de 2011. As letras foram criadas em 2010 como instrumento alternativo de captação de longo prazo pelas instituições financeiras. Ao contrário do certificado de depósito bancário (CDB) tradicional, que pode ser resgatado a qualquer momento, a LF possui prazo mínimo de dois anos.
O Banco do Brasil foi autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 10 de janeiro a não divulgar nenhum fato relevante sobre as negociações para o aumento de sua participação no Banco Votorantim, mas a autorização acabou perdendo a validade na semana seguinte, com o vazamento da informação. O BB alegou que a negociação se tratava de “informação confidencial nesse momento, considerando que seria prematura a divulgação ao mercado de possível negociação ainda em fase embrionária”. A autarquia atendeu o pedido do banco, mas avisou que o fato relevante não precisaria ser divulgado somente se a informação não escapasse ao controle, nem ocorresse oscilação atípica com as ações.
O Deutsche Bank registrou prejuízo no quarto trimestre, afetado por um saneamento de seus negócios, remoção de ativos arriscados do balanço e acordos para encerrar processos legais. A perda foi de € 2,17 bilhões, após lucro de € 147 milhões um ano antes. No ano como um todo, o banco teve lucro líquido de € 611 milhões, bem abaixo do lucro de € 4,13 bilhões do período anterior. O banco informou ainda que está no caminho para alcançar nível de capital de melhor qualidade (Tier 1) de 8,5% até o fim de março, após atingir 8% no encerramento do ano. Nos dois casos, os níveis estão abaixo das exigências de capital de Basileia 3.
Fonte: Valor Econômico / Dow Jones Newswires – 01.02.13