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A alocação em letras financeiras nas carteiras dos fundos de investimento superou pela primeira vez, em abril, o total aplicado em Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Em maio, último dado disponível, o total alocado pelos fundos nesses papéis somou R$ 157,318 bilhões, liderando as aplicações em dívida privada.
 
A emissão de letras financeiras foi regulamentada em fevereiro de 2010 e o estoque desses papéis no mercado cresceu 104,4% nos últimos 12 meses encerrados em junho, somando R$ 202,95 bilhões. Oferecendo uma rentabilidade mais atrativa, esses títulos vêm ganhando participação nos portfólios em detrimento da redução da exposição a CDBs e Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE), também emitidos pelos bancos para captar recursos de investidores. “Os CDBs deverão ter um papel mais de relacionamento bancário”, diz Reinaldo Le Grazie, diretor de renda fixa e multimercado da Bradesco Asset Management (Bram).
 
Enquanto um CDB de bancos de primeira linha paga uma taxa próxima ao CDI, a letra financeira da mesma instituição oferece um rendimento de CDI mais uma taxa entre 1,3% e 1,5%, afirma Marcelo Guterman, gerente de produtos da Western Asset.
 
Da mesma forma, a parcela alocada em DPGEs na carteira dos fundos vem caindo à medida que esses papéis vão vencendo e não são renovados. Os bancos têm que reduzir gradativamente a emissão de DPGEs até esses títulos serem extintos em 2016. Foram criados após a crise de 2008 para dar liquidez aos bancos menores e contam com garantia especial do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
 
Dos títulos corporativos, a parcela que mais cresceu na carteira dos fundos foi a de papéis atrelados ao setor imobiliário como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que aumentou 40,44% desde 2009, representando 5% das alocações em crédito privado.
 
Dado o déficit de investimentos em infraestrutura no Brasil, a gestora Capitânia tem dado prioridade à alocação em papéis ligados ao setor e também ao mercado imobiliário. “Temos grande interesse em investir nas debêntures voltadas para a infraestrutura, que contam com incentivo fiscal do governo”, afirma Arturo Profili, sócio da Capitânia.
 
Para Le Grazie, da Bram, apesar da queda das taxas das novas emissões de debêntures, a alocação nesses papéis ainda é atrativa. “As taxas recuaram muito e acredito que daqui para frente esse movimento deve ser menor.”
 
Fonte: Valor Econômico/ Silvia Rosa – 06/07/2012

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