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Em temporada de cenário econômico fortalecido, no qual a demanda por crédito das empresas e famílias vem crescendo mês a mês, o custo dos empréstimos tiveram destaque em agosto. A taxa de juros mensal média para o consumidor caiu 0,10 ponto percentual em relação ao mês anterior e atingiu 6,75%. Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), este foi o menor resultado dos últimos 15 anos, ou seja, desde o início da série em janeiro de 1995.Entre os aspectos apresentados na pesquisa como estimulantes à contração do custo do crédito estão a redução dos índices de inadimplência e a maior competição entre as instituições financeiras.

Considerando o período entre janeiro e agosto, a taxa básica de juros (Selic) acumulou alta de dois pontos percentuais, passando de 8,75% para 10,75% ao ano. Este indicador é a base para os bancos calcularem suas taxas.

Com grande distância da Selic em custo, a média anual de juros à pessoa física apresentou movimento inverso. Com decréscimo de 2,97 pontos percentuais em oito meses, o resultado passou de 121,96%, em janeiro, para 118,99% em agosto.

MODALIDADES
Entre as seis opções de empréstimos ao consumidor, pesquisadas pela entidade, apenas o cartão de crédito ficou estável em relação a julho, com taxa de 238,30% ao ano, ou 10,69% ao mês.

Na avaliação do professor de Finanças Pessoais da EESP-FGV (Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo), Samy Dana, a desatenção do consumidor quanto ao custo do cartão é um dos motivos que sustentam a manutenção das altas taxas. “É diferente quando alguém procura financiamento de carro, que vai atrás dos menores juros. Muitas pessoas usam o cartão de crédito, mas não pesquisam antes as taxas nos bancos”, argumenta.

Outro ponto apresentado por Dana para que os juros não mudem e continuem altos é a falta de competição no setor de cartões.

A segunda modalidade mais cara para o consumidor, o empréstimo pessoal em financeira, atingiu taxa de 200,42% ao ano. No mês, o custo deste crédito ficou em 9,60%, porém caiu 0,22 ponto percentual ante o resultado de julho. Com isso, também atingiu menor patamar da série histórica de 15 anos.

O cheque especial ficou em 7,45% ao mês, com redução de 0,02 ponto percentual sobre o mês anterior. Os juros do comércio caíram 0,10 ponto percentual para taxa de 5,68% ao mês, que foi a menor da série histórica.

Por fim, os empréstimos pessoais dos bancos registraram média de 4,73% ao mês, com baixa de 0,12 ponto percentual na comparação mensal. E o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), na maioria das vezes para aquisição de veículos, custou 0,09 ponto percentual a menos, com juros de 2,37% ao mês.

 Fonte: Pedro Souza / Diário do Grande ABC – 10/09/2010

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