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A febre das compras coletivas da internet, que abriu as portas do consumidor de varejo aos preços comercializados só no atacado, chegou aos investimentos pessoais. Reunidos pela internet, pequenos investidores da classe média agora podem juntar forças – e suas economias – para aplicar em fundos de investimento e em CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de alto rendimento, mas com barreira de entrada na casa de R$ 300 mil.

São aplicações sofisticadas, com custos baixíssimos, feitas por gestores estrelados (a maioria independente dos grandes bancos), mas que estão disponíveis somente para dar atendimento personalizado àqueles que investem milhões. No caso dos fundos de investimento, a saída encontrada para viabilizar os “investimentos coletivos” de centenas de pequenos tíquetes foi criar “fundos de fundos” que aplicam exclusivamente no veículo alvo da aplicação. Esses fundos funcionam como um espelho da aplicação alvo, replicando a variação exata das cotas, com as mesmas regras de aplicação e políticas de resgate.

A gestora carioca Órama faz isso cobrando 0,6% de taxa de administração para organizar fundos de fundos com aplicação mínima de R$ 5.000. Gestores independentes de São Paulo e até bancos comerciais estão de olho nesse mercado, que gira mais de US$ 1 trilhão nos EUA. O menu da Órama inclui fundos pré-selecionados de casas como Gavea Investimentos, JGP, Rio Bravo, Claritas, Gap, Kadima, Kondor, Quest e IP (Investidor Profissional). São produtos que só são distribuídos no “private bank” (gestão de fortunas) dos grandes bancos.

“Queria investir nos fundos, mas não poderia entrar em vários ao mesmo tempo. Teria de escolher. Com a aplicação mínima menor, posso diversificar apostas”, disse Alexandre Esperança, empresário do ramo imobiliário.

“Vimos uma oportunidade de explorar esse mercado e de atender o investidor insatisfeito nos grandes bancos levando fundos de gestores independentes. No varejo, o banco só quer vender os seus fundos. Esses bancos fazem tudo: crédito, seguro, gestão de fundos… Quem faz tudo não faz nada acima da média”, disse Guilherme Horn, diretor da Órama.

Além do rendimento e da performance diferenciados, o pequeno investidor tem a vantagem de partilhar a mesma qualidade de serviço oferecida aos grandes aplicadores que, em tese, exigem mais transparência e têm um poder de barganha maior em eventuais disputas com os gestores de recursos. A própria CVM (Comissão de Valores Mobiliários) estuda aperfeiçoar as regras dos fundos de investimento para permitir que um mesmo fundo tenha taxas de administração diferentes, variando de acordo com o volume de recursos aplicados. O objetivo é fazer com que os pequenos partilhem do serviço comprado pelos grandes investidores.

Fonte: Folha de S.Paulo/Toni Sciarretta – 12/09/2011

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