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O cenário inflacionário ficou um pouco mais otimista para alguns economistas após a divulgação do IPCA de outubro. Apesar de dentro das expectativas do mercado, a alta de 0,43% foi considerada um dado favorável em um mês no qual a inflação normalmente acelera, e caso não ocorram choques de oferta nos meses finais do ano, ficou mais palpável o cumprimento da meta de inflação neste ano, ainda que muito próxima do teto, de 6,5%.
O IPCA desacelerou de 0,53% para 0,43% entre setembro e outubro. Seis dos nove grupos que compõem o indicador diminuíram seu ritmo de alta, com destaque para alimentação e bebidas (0,64% para 0,56%) e transportes (0,78% para 0,48%). A taxa em 12 meses, assim, recuou de 7,31% para 6,97%.
A linha entre o estouro e a execução da meta é tênue, concordam analistas consultados pelo Valor. Os mais pessimistas afirmam que ficou para trás um quadro no qual o IPCA fecharia o ano em 6,7%. Já os que acreditam em inflação dentro da meta em 2011 projetam IPCA entre 6,3% e 6,4% nos doze meses encerrados em dezembro.
O economista Thiago Curado, da Tendências Consultoria, não alterou sua projeção de 6,6% para o IPCA em 2011, mas sustenta que a inflação ficará ao redor do teto da meta. “Estamos no limiar. O que vai decidir em dezembro se ela vai ser cumprida ou não serão pequenos choques, seja em alimentação e bebidas, seja em combustíveis. Mas dificilmente o IPCA se afastará dos 6,5%”, prevê.
Segundo cálculos do analista, o IPCA precisa ter elevação média de 0,54% em novembro e dezembro para fechar o ano em 6,5%. A projeção de Curado para novembro é de alta de 0,59%, com aceleração nos alimentos, combustíveis e serviços. Em sua opinião, os alimentos, que desaceleraram em outubro, voltarão a subir no fim do ano com as quebras de safra, enquanto o etanol ficará mais pressionado. “Tanto os índices semanais de inflação como nossas coletas apontam aceleração forte do álcool nesse início do mês”.
Opinião divergente tem o sócio-diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, para quem os meses de novembro e dezembro serão marcados por inflação um pouco mais branda do que a de outubro. Ele projeta aceleração média de 0,40% nos dois meses finais do ano, o que trará a alta em 12 meses do IPCA para 6,3% em 2011.
Para novembro e dezembro, Silveira espera certa estabilidade nos preços de combustíveis e uma alta moderada nos alimentos, consequência das deflações de produtos agrícolas no atacado e de queda das commodities no mercado internacional. “Essas quedas no atacado acabam sendo repassadas em boa medida para o consumidor e depois captadas nos índices de preços. Esse é um processo que leva de 45 a 60 dias”, calcula.
O grupo alimentação e bebidas deve ser o “fiel da balança” da inflação em 2011 e seu comportamento vai fazer com que o IPCA fique ou não dentro da meta, avalia o economista Fabio Romão, da LCA Consultores. “Está difícil fechar no teto. Nossa projeção é de 6,52% para o ano, mas pode ficar em 6,48%. Por isso que o comportamento de alimentos deve definir”, diz.
Em relatório enviado a clientes, a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli, afirma que, com a relativa estabilidade nos preços das commodities deste fim de ano – cenário que considera mais provável – “não devemos ter maiores pressões sobre os índices de preços nos próximos dois meses, o que deve sustentar o IPCA ao redor de 0,45% na variação mensal em novembro e dezembro. Neste cenário, devemos encerrar 2011 com a inflação oficial em 6,4%”, prevê.
Fonte: Valor Econômico/Arícia Martins – 11/11/2011

Inflação vai encerrar o ano muito próxima do teto da meta
O cenário inflacionário ficou um pouco mais otimista para alguns economistas após a divulgação do IPCA de outubro. Apesar de dentro das expectativas do mercado, a alta de 0,43% foi considerada um dado favorável em um mês no qual a inflação normalmente acelera, e caso não ocorram choques de oferta nos meses finais do ano, ficou mais palpável o cumprimento da meta de inflação neste ano, ainda que muito próxima do teto, de 6,5%.

O IPCA desacelerou de 0,53% para 0,43% entre setembro e outubro. Seis dos nove grupos que compõem o indicador diminuíram seu ritmo de alta, com destaque para alimentação e bebidas (0,64% para 0,56%) e transportes (0,78% para 0,48%). A taxa em 12 meses, assim, recuou de 7,31% para 6,97%.

A linha entre o estouro e a execução da meta é tênue, concordam analistas consultados pelo Valor. Os mais pessimistas afirmam que ficou para trás um quadro no qual o IPCA fecharia o ano em 6,7%. Já os que acreditam em inflação dentro da meta em 2011 projetam IPCA entre 6,3% e 6,4% nos doze meses encerrados em dezembro.

O economista Thiago Curado, da Tendências Consultoria, não alterou sua projeção de 6,6% para o IPCA em 2011, mas sustenta que a inflação ficará ao redor do teto da meta. “Estamos no limiar. O que vai decidir em dezembro se ela vai ser cumprida ou não serão pequenos choques, seja em alimentação e bebidas, seja em combustíveis. Mas dificilmente o IPCA se afastará dos 6,5%”, prevê.

Segundo cálculos do analista, o IPCA precisa ter elevação média de 0,54% em novembro e dezembro para fechar o ano em 6,5%. A projeção de Curado para novembro é de alta de 0,59%, com aceleração nos alimentos, combustíveis e serviços. Em sua opinião, os alimentos, que desaceleraram em outubro, voltarão a subir no fim do ano com as quebras de safra, enquanto o etanol ficará mais pressionado. “Tanto os índices semanais de inflação como nossas coletas apontam aceleração forte do álcool nesse início do mês”.

Opinião divergente tem o sócio-diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, para quem os meses de novembro e dezembro serão marcados por inflação um pouco mais branda do que a de outubro. Ele projeta aceleração média de 0,40% nos dois meses finais do ano, o que trará a alta em 12 meses do IPCA para 6,3% em 2011.

Para novembro e dezembro, Silveira espera certa estabilidade nos preços de combustíveis e uma alta moderada nos alimentos, consequência das deflações de produtos agrícolas no atacado e de queda das commodities no mercado internacional. “Essas quedas no atacado acabam sendo repassadas em boa medida para o consumidor e depois captadas nos índices de preços. Esse é um processo que leva de 45 a 60 dias”, calcula.

O grupo alimentação e bebidas deve ser o “fiel da balança” da inflação em 2011 e seu comportamento vai fazer com que o IPCA fique ou não dentro da meta, avalia o economista Fabio Romão, da LCA Consultores. “Está difícil fechar no teto. Nossa projeção é de 6,52% para o ano, mas pode ficar em 6,48%. Por isso que o comportamento de alimentos deve definir”, diz.

Em relatório enviado a clientes, a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli, afirma que, com a relativa estabilidade nos preços das commodities deste fim de ano – cenário que considera mais provável – “não devemos ter maiores pressões sobre os índices de preços nos próximos dois meses, o que deve sustentar o IPCA ao redor de 0,45% na variação mensal em novembro e dezembro. Neste cenário, devemos encerrar 2011 com a inflação oficial em 6,4%”, prevê.

Fonte: Valor Econômico/Arícia Martins – 11/11/2011

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