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As micro, pequenas e médias empresas responderam nos últimos doze meses até setembro por 33% dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ou R$ 47,33 bilhões. É dentro dessa carteira que está incluída a maior parte dos financiamentos destinados a garantir os investimentos dessa parcela das companhias brasileiras em projetos socioambientais, diz Marcio Macedo, chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES. O banco tem um escopo grande de linhas, programas e fundos específicos para sustentabilidade e voltados para todos os portes de empresas.
 
Seus desembolsos para financiar projetos de sustentabilidade atingiram R$ 18,47 bilhões em 2011, um pouco acima dos R$ 18,02 bilhões do ano anterior, mas qualquer levantamento que recorte apenas os aportes para projetos sustentáveis dentro das carteiras pode ser conservador, diz Macedo. Nos últimos doze meses até setembro, os desembolsos considerados para “Economia Verde” atingiram R$ 17,96 bilhões, em 12.600 operações. No entanto, muitos financiamentos que têm benefícios ambientais são difíceis de mensurar, ele afirma, já que não são descritos para essa finalidade pelos tomadores de crédito por ter outro objetivo principal.
 
Em 2011, foram quase R$ 18,5 bilhões para financiar projetos de sustentabilidade. Quais são as principais demandas e qual a expectativa de desembolsos para este ano?
 
Não temos uma estimativa em relação a valores. Esse levantamento, que consideramos conservador, inclui energias renováveis, saneamento, transporte urbano de massa, reciclagem, sistemas de gestão, eficiência energética, a parte florestal, entre as principais. Mas essa é uma conta conservadora porque, na verdade, muitos dos investimentos que têm benefícios ambientais são difíceis de contabilizar. Imagina uma planta industrial de uma empresa que esteja fazendo investimento em expansão ou melhorias no seu processo produtivo. Esse é um financiamento para uma linha de produção e, no entanto, já traz uma eficiência maior do que equipamentos mais antigos em redução do consumo de energia, poluição, aumento da reciclagem.
 
Quais são os produtos que podem servir ambas finalidades e com demanda mais aquecida?
 
O Cartão BNDES (desembolsos de R$ 9,47 bilhões em um ano até setembro), o BNDES Automático (R$ 14,25 bilhões) e o BNDES Finame (R$ 42,75 bilhões), que são operações automáticas. A realidade mais marcante dos últimos meses é o Programa de Sustentação do Investimento, chamado PSI (R$ 36,1 bilhões). Ele hoje apresenta taxas de juros favoráveis (de 2,5% ao ano, válida até 31 de dezembro) para o financiamento de máquinas, equipamentos. No Cartão BNDES, foi incluída recentemente a possibilidade de os micro, pequenos e médios empresários contratar serviços de diagnóstico energético, inventário, ou seja, uma fase pré-operacional a programas de sustentabilidade muitas vezes necessária para a formatação de projetos.
 
Quais são as linhas específicas para programas socioambientais?
 
São diversas, como BNDES Florestal, para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas; e o Proesco, para eficiência energética. Tem ainda uma série de fundos, incluindo os de participação acionária em empresas com tecnologias mais eficientes ou que podem gerar créditos de carbono. Tem ainda o Fundo Clima, lançado este ano, com taxas de juros e prazos muito favoráveis e que engloba uma série de subprogramas: energia, transporte, resíduos sólidos urbanos, máquinas e equipamentos, carvão vegetal. Hoje, o banco tem um escopo grande, tanto reembolsável como não reembolsável. O Fundo Tecnológico, o Funtec, é voltado para centros de pesquisas e universidades para financiamentos não reembolsáveis, e podem ser incluídas empresas, que participam com contrapartida e são responsáveis por difundir a tecnologia no mercado. Já são 18 operações e o BNDES participa com até 90% do valor do projeto.
 
A demanda por esses produtos está crescendo?
 
Desde 2005/2006, o BNDES vem criando muitas linhas, fundos e programas para investimentos ambientais. Hoje, o leque é vasto, mas a demanda ainda é tímida, mas temos expectativa de aumento. Oque mais estimula os investimentos ambientais, além do fornecimento de equipamentos mais eficientes, são os órgãos ambientais e a composição de exigências (legais), conjuntamente ao esforço dos bancos de oferecer linhas de financiamento, pois cobra-se, mas oferece-se a forma como os investimentos podem ser feito. Um dos fatores principais para o aumento de investimentos é justamente o arcabouço regulatório.
 
Fonte: Brasil Econômico – 22/11/2012

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