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A Grécia escapou do apocalipse, pelo menos por ora. Projeções oficiais indicam que o Nova Democracia e o Pasok, os dois partidos tradicionais gregos e ambos a favor do plano de resgate europeu, obtiveram uma maioria no Parlamento do país nas eleições de ontem. Eles já começaram o processo de formação do novo governo. O resultado deve acalmar, ao menos temporariamente, os mercados financeiros, ao reduzir os temores de uma saída desordenada da Grécia da zona do euro.
 
Se chegarem a um acordo para formar uma coalizão, o Nova Democracia (ND), de centro direita, e o socialista Pasok devem ter 163 das 300 cadeiras do Parlamento, de acordo com projeções do Ministério do Interior com base em 63% dos votos apurados.
 
“O povo grego expressou a vontade de permanecer ancorado ao euro, de continuar como parte integral da zona do euro e de honrar os compromissos do país”, disse Antonis Samaras, líder do Nova Democracia, que teve cerca de 30% dos votos, e provável novo premiê. “Não há tempo a perder”, afirmou.
 
Essa foi a linha de Evangelos Venizelos, líder do Pasok, que obteve 12,6%. “Não podemos perder nem um dia. Não há espaço para jogos de partidos. Se queremos que a Grécia fique no euro e saia da crise, deve ter um governo amanhã”.
“Para os mercados, uma coalizão ND-Pasok seria um alívio”, disse em Londres Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank. “Isso reduziria bastante o risco de uma saída grega do euro.”
 
O Syriza, bloco de esquerda contrário às medidas de austeridade impostas pelo pacote de auxílio da UE e do FMI, teve votação próxima à do Nova Democracia – 26,5%, segundo as projeções. A coalização ND-Pasok fica com a maioria, porém, graças às leis gregas, que dão um bônus de 50 cadeiras ao partido que obtém o primeiro lugar. Tsipras reconheceu a derrota, mas prometeu que “a luta continua”.
 
A Alemanha sinalizou uma disposição em aliviar parte da pressão sobre a Grécia. “Posso imaginar que possamos fazer algo em termos de prazos, porque a paralisia que houve nas últimas semanas causou danos”, disse o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle. “Mas uma coisa deve ficar clara: os tratados devem ser válidos em substância. Não podem ser cancelados ou renegociados.”
 
A eleição obrigou os eleitores gregos, que enfrentam o quinto ano de recessão, a escolher entre austeridade para permanecer na eurozona ou rejeitar os termos de um acordo de resgate e enfrentar as turbulências de uma saída do bloco da moeda comum. “Votei pelo resgate porque esses são os termos que nos manterão na Europa”, disse a professora Koula Louizopoulou, de 66 anos. “É a primeira vez que me sinto deprimida após votar, sabendo que votei naqueles que criaram o problema, mas não temos outra alternativa.”
 
Agora em seu terceiro ano, a crise da dívida soberana europeia retornou à Grécia, país que deu início à instabilidade em outubro de 2009, quando o primeiro-ministro na época, George Papandreou, revelou a existência de um déficit fiscal quatro vezes maior do que o permitido pelas regras da União Europeia. Desde então, a Grécia já recebeu dois pacotes de auxílio de UE e FMI, totalizando € 240 bilhões. Em troca da ajuda, o país se comprometeu a vender empresas estatais e a fazer cortes nas aposentadorias e nos salários de funcionários públicos.
 
Fonte: Valor Econômico/ Agências Internacionais – 18/06/2012

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