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 Depois de ter cortado US$ 5 trilhões em créditos internacionais desde o começo da crise, os bancos estão voltando a ter o perfil de alto risco que tinham antes da pior crise econômica dos últimos tempos, alerta o Banco Internacional de Compensações (BIS).

 
Em seu relatório anual, alerta que os grandes bancos seguem interessados em aumentar sua alavancagem sem se preocupar suficientemente com as consequências de um colapso. Pelo seu peso sistêmico, as instituições aparentemente continuam a confiar no socorro vindo do dinheiro público.
 
Outro sinal preocupante, segundo o BIS, é que a atividade de tesouraria, após uma breve pausa, está voltando a ser uma das principais fontes de renda para os grandes bancos.
 
Numerosas instituições financeiras continuam fortemente alavancadas. Mesmo as que são, à primeira vista, suficientemente capitalizadas mostram exposição “desproporcional” em derivativos, que já resultaram em perdas colossais.
 
O BIS estima que algumas iniciativas vão alinhar os interesses do mercado ao interesse geral. O banco cita a reforma nos sistemas de remuneração dos bancos, além da obrigação para que investidores (acionistas) paguem a fatura quando o patrimônio líquido de um intermediário financeiro se tornar negativo.
 
“As autoridades devem levar os bancos a adotarem modelos operacionais menos arriscados, mais viáveis e mais em conformidade com o interesse geral”, diz o BIS.
 
O BIS adverte que a exigência de ajustes às novas condições, como recapitalização ou regulações adicionais, está longe de ter chegado ao fim. O BIS considera que, no momento, a prioridade é assegurar que bancos cheios de ativos depreciados limpem seus balanços, contabilizem as perdas e se recapitalizem.
 
Além disso, em breve os bancos vão ser obrigados a melhorar sua liquidez. Um estudo de impacto do Comitê de Basileia mostrou que metade de 205 estabelecimentos examinados deve rever suas estratégias. Esses bancos apresentaram insuficiência de €1,760 trilhão em termos de ativos líquidos (3% do total dos ativos examinados) e de € 2,780 trilhões em termos de recursos estáveis.
 
Pressionados a reforçar os fundos próprios, bancos reduziram em US$ 5 trilhões seus créditos internacionais desde o começo da crise em 2008. A contração foi particularmente severa por parte de bancos europeus. Instituições alemãs, belgas, francesas, italianas e holandeses reduziram suas posições no exterior em mais de US$ 6 trilhões, ou 43% do total. Desse montante, a redução de US$ 1,3 trilhão ocorreu no segundo semestre de 2011, quando a crise da dívida soberana na Europa se intensificou.
 
No entanto, foram parcialmente substituídos por grupos australianos, espanhóis, japoneses e suecos, que aumentaram sua exposição externa em mais de US$ 850 bilhões.
 
Bancos de emergentes também aproveitaram o recuo de europeus em crise. Embora sua parte no bolo do crédito mundial seja de apenas 1,4%, essa fatia vem aumentando. Entre 2009-2011, bancos de emergentes concederam empréstimos a consórcios internacionais estimados em US$ 1,1 trilhão, 10% do total de novas operações, em comparação a parcela de menos de 25% dos bancos da zona do euro.
 
Fonte: Valor Econômico/ Assis Moreira – 25/06/2012

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