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O governo vai iniciar uma nova rodada de discussão com os bancos nos próximos dias para agilizar as operações de portabilidade do crédito entre as instituições. De acordo com Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o governo já está trabalhando em uma medida para reduzir os custos desse procedimento – em que o cliente migra seu crédito de um banco para outro – e também dar rapidez às operações, que os técnicos do governo entendem estar “caras” e “burocratizadas”. Barbosa também comentou que o ritmo de concessão de crédito se acelerou em abril, e que o nível da inadimplência vai cair.

“A concessão de crédito desacelerou um pouco, porque a própria economia desacelerou, no começo do ano, mas já em abril tivemos sinais de recuperação, que só ficarão evidentes quando os dados, forem divulgados”, o que ocorrerá em 15 dias, A retomada do crescimento da oferta de crédito é um “movimento perene”, acredita.

“A inadimplência deve cair, afinal, a redução inadimplência é consequência do spread mais baixo”, afirmou Barbosa, em referência às recentes diminuições no spread bancário (a diferença entre o custo de captação de recursos e as taxas cobradas pelos bancos nos financiamentos). “As novas operações do sistema financeiro terão inadimplência menor porque as taxas de juros estão menores, mas como elas são novas, vai demorar um pouco para serem representativas no estoque de crédito da economia”, disse Barbosa, que ontem participou de audiência pública mista (com deputados e senadores) no Senado.

Ele afirmou ainda que para o Ministério da Fazenda o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) vai se acelerar no segundo semestre para algo entre 5% e 6%, no período. As razões da aceleração, segundo o secretário são os efeitos defasados do corte de juros feito pelo Banco Central (BC) desde o fim de agosto do ano passado e a entrada em vigor dos estímulos previstos pelo programa Brasil Maior em junho.

Barbosa também defendeu o repasse de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e rebateu as críticas de que a operação é onerosa aos cofres públicos. “De fato há um custo para o Tesouro, que é fácil de calcular. Mas o custo aparece primeiro. Os benefícios surgem depois, e serão enormes tanto para o Tesouro quanto para o país”, afirmou, ao citar o aumento dos dividendos pagos pelo BNDES ao Tesouro Nacional, em decorrência da ampliação da carteira de empréstimos às empresas.

Além do BNDES, os bancos públicos também têm, desde o início de abril, reduzido fortemente as taxas de juros praticadas. Para Barbosa, o movimento de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal é sustentável e vai, “pela própria concorrência do setor, fazer com que os demais bancos corram atrás”, disse.

O secretário-executivo da Fazenda também defendeu a criação da Agência Brasileira de Garantias, prevista na Medida Provisória 564. “É fundamental para a competitividade da economia que tenhamos garantias firmes”, disse. “Para os exportadores, a garantia é tão importante quanto o câmbio.”

Um dos principais interlocutores da presidente Dilma Rousseff na área econômica, Barbosa reiterou que a mudança nas regras de remuneração da caderneta poupança abrirá espaço para novas quedas na taxa Selic, atualmente em 9% ao ano. As medidas só vão valer quando a Selic atingir 8,5% ao ano ou menos.

Fonte: Valor Econômico/ João Villaverde/ Sérgio Leo – 09/05/2012

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