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Para evitar que empresas brasileiras sejam afetadas pela queda na oferta de crédito no mercado internacional, o governo pode emprestar provisoriamente recursos das reservas internacionais ao setor privado, suprindo a necessidade de financiamento das vendas e compras do exterior.
O instrumento, que já foi usado na crise global de 2008, voltou à pauta da equipe econômica diante do agravamento da atual crise financeira na Europa, que está reduzindo as linhas de crédito comercial no exterior.
Segundo a Folha apurou, a equipe econômica avalia que a escassez de crédito lá fora é, hoje, um dos canais mais preocupantes de contágio imediato da crise no Brasil. O temor é que ela reduza as exportações brasileiras, afetando ainda mais o ritmo de crescimento do país.
Nas últimas semanas, assessores presidenciais defenderam em reuniões fechadas que o BC lance mão da medida o mais rápido possível.
Antes, porém, os técnicos estão monitorando diariamente o fluxo de linhas de créditos comerciais a empresas brasileiras para definir se realmente será necessário fazer uso do mecanismo. Se ele atingir um nível considerado crítico, o governo já decidiu que adotará a medida.
Pelo acompanhamento do governo, em alguns segmentos a oferta de crédito caiu pela metade nas últimas semanas, além de ter ficado mais cara em quase um ponto percentual -o que está sendo observado sobretudo nas operações de bancos médios.
Na esteira da crise de 2008, o BC colocou à disposição dos bancos cerca de US$ 20 bilhões das reservas para que eles financiassem exportadores e ajudassem empresas endividadas a rolar as dívidas.
A medida foi necessária porque na época o crédito secou. Naquele momento, as reservas brasileiras estavam acima de US$ 200 bilhões. Hoje, são de US$ 353 bilhões.
Um assessor do governo disse ontem que, além de socorrer exportadores, a medida é boa para o país porque ela rende mais ao BC do que ele obtém aplicando as reservas no mercado financeiro internacional num momento de taxas de juros baixas.
A outra carta na manga da equipe econômica é a liberação de parte do dinheiro captado pelos bancos que é recolhida obrigatoriamente ao BC (compulsórios). Com o poder de injetar recursos diretamente na economia, a medida faz parte do manual anticrise usado pelo governo.
No ano passado, para tentar reduzir o ritmo da economia e conter as pressões inflacionárias, o BC elevou o depósito compulsório.
No entanto, parte da equipe econômica avalia ser possível aguardar um pouco antes de liberar mais dinheiro na economia até checar os resultados das medidas anunciadas na semana passada de estímulo ao consumo, como redução do IPI para produtos da linha branca.
No governo, a ordem tem sido seguir o ritmo da crise: adotar as medidas gradualmente, mas ter agilidade para colocar o pé no acelerador assim que se identificar os primeiros sinais de contágio.
Fonte: Folha de S.Paulo/Valdo Cruz e Sheila D’Amorim – 09/12/2011

Governo estuda usar reservas do BC para ajudar exportadores
Para evitar que empresas brasileiras sejam afetadas pela queda na oferta de crédito no mercado internacional, o governo pode emprestar provisoriamente recursos das reservas internacionais ao setor privado, suprindo a necessidade de financiamento das vendas e compras do exterior.
O instrumento, que já foi usado na crise global de 2008, voltou à pauta da equipe econômica diante do agravamento da atual crise financeira na Europa, que está reduzindo as linhas de crédito comercial no exterior.
Segundo a Folha apurou, a equipe econômica avalia que a escassez de crédito lá fora é, hoje, um dos canais mais preocupantes de contágio imediato da crise no Brasil. O temor é que ela reduza as exportações brasileiras, afetando ainda mais o ritmo de crescimento do país.
Nas últimas semanas, assessores presidenciais defenderam em reuniões fechadas que o BC lance mão da medida o mais rápido possível.
Antes, porém, os técnicos estão monitorando diariamente o fluxo de linhas de créditos comerciais a empresas brasileiras para definir se realmente será necessário fazer uso do mecanismo. Se ele atingir um nível considerado crítico, o governo já decidiu que adotará a medida.
Pelo acompanhamento do governo, em alguns segmentos a oferta de crédito caiu pela metade nas últimas semanas, além de ter ficado mais cara em quase um ponto percentual -o que está sendo observado sobretudo nas operações de bancos médios.
Na esteira da crise de 2008, o BC colocou à disposição dos bancos cerca de US$ 20 bilhões das reservas para que eles financiassem exportadores e ajudassem empresas endividadas a rolar as dívidas.
A medida foi necessária porque na época o crédito secou. Naquele momento, as reservas brasileiras estavam acima de US$ 200 bilhões. Hoje, são de US$ 353 bilhões.
Um assessor do governo disse ontem que, além de socorrer exportadores, a medida é boa para o país porque ela rende mais ao BC do que ele obtém aplicando as reservas no mercado financeiro internacional num momento de taxas de juros baixas.
A outra carta na manga da equipe econômica é a liberação de parte do dinheiro captado pelos bancos que é recolhida obrigatoriamente ao BC (compulsórios). Com o poder de injetar recursos diretamente na economia, a medida faz parte do manual anticrise usado pelo governo.
No ano passado, para tentar reduzir o ritmo da economia e conter as pressões inflacionárias, o BC elevou o depósito compulsório.
No entanto, parte da equipe econômica avalia ser possível aguardar um pouco antes de liberar mais dinheiro na economia até checar os resultados das medidas anunciadas na semana passada de estímulo ao consumo, como redução do IPI para produtos da linha branca.
No governo, a ordem tem sido seguir o ritmo da crise: adotar as medidas gradualmente, mas ter agilidade para colocar o pé no acelerador assim que se identificar os primeiros sinais de contágio.
Fonte: Folha de S.Paulo/Valdo Cruz e Sheila D’Amorim – 09/12/2011

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