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O desempenho do mercado de trabalho em junho surpreendeu positivamente e ficou acima das expectativas de analistas, mas não foi suficiente para impedir um resultado ruim no semestre. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que foram abertos 123,8 mil postos formais de trabalho no mês, mais que as 97,9 mil vagas esperadas na média da previsão de oito economistas consultados pelo Valor Data. Além disso, a criação de vagas em junho representa alta, ainda que modesta, de 2,82% sobre igual mês de 2012 – segundo avanço de 2013 nessa comparação.
 
Entre os setores monitorados no Caged, apenas o de serviços teve saldo superior ao de junho de 2012. As empresas desse ramo de atividade geraram 44 mil novas vagas, ante 30 mil no ano passado. Ao comentar os dados, o ministro do Trabalho, Manoel Dia, disse que a alta dos salários e a expansão da classe média leva esse segmento a “atender a demanda da população que exige melhor qualidade de serviços”.
 
Agropecuária foi o setor que mais criou empregos em junho (59 mil), mas o resultado foi inferior ao do mesmo mês do ano passado (60 mil). Uma das explicações para essa quase estabilidade é o bom desempenho da safra agrícola, diz o ministério.
 
Já os ramos de indústria de transformação, extrativa mineral, construção civil, comércio, administração pública e serviços industriais de utilidade pública também geraram empregos, mas em patamar menor na relação anual. Esses recuos em relação a 2012, quando o mercado de trabalho já estava menos dinâmico que em 2011, já vinham sendo registrados em janeiro, fevereiro, abril e maio.
 
No primeiro semestre, foram abertas 826,1 mil novas vagas com carteira assinada, desempenho 21,1% inferior ao observado no primeiro semestre do ano passado e menor saldo de vagas para o período desde 2009, ano mais forte da crise econômica.
 
Para Dias, no entanto, essa queda não é preocupante. “Qual é a base científica para dizer que nós estamos piorando? Vamos ver os números finais, no fim do ano”. Na previsão do ministro o país vai abrirá 1,4 milhão novas vagas até o fim do ano, o que é “um bom número”, disse dias, ao citar mais uma das projeções que o governo reduz ao longo do ano. Assim que assumiu a pasta, em março, Dias disse que a “meta” era criar “mais de dois milhões de empregos no ano”. Essa estimativa considerava a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que inclui vagas criadas no serviço público. Em média, a Rais capta cerca de 250 mil postos de trabalho a mais que o Caged, cuja projeção, portanto, estava em torno de 1,7 milhão.
 
Após os dados de junho, o ministro confirmou a baixa na projeção para 1,4 milhão, pelo Caged. Confuso, ele chegou a dizer que a criação de 1,7 milhão de novas vagas de trabalho seria “factível”. Mas, após pedidos de esclarecimentos, afirmou: “Hoje, diante dos números, diante dos fatos, nossa previsão é em torno de 1,4 milhão, que é um bom número”.
 
Mesmo com a elevação dos juros, o ministro do Trabalho acredita que as decisões do Banco Central (BC) não vão afetar o mercado de trabalho. “O emprego está sendo gerado em torno dos investimentos”, afirmou.
 
Fonte: Valor Econômico / Thiago Resende – 24.07.13

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