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Uma parcela da indústria conseguiu reduzir, em outubro, o nível de estoques indesejados. Mesmo assim, o período de Natal não será de recuperação para o setor de transformação, segundo Aloisio Campelo, coordenador de sondagens conjunturais da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Ainda estamos passando por um período de muitos ajustes para a indústria”, explicou o economista ao interpretar os dados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação relativa a outubro, divulgada ontem pela FGV.
Para Campelo, adequar a oferta à demanda continua um desafio para a indústria. Em meses anteriores, o descompasso entre as projeções e o consumo efetivo trouxe choques, o que gerou acúmulo de estoques.
Em outubro, segundo a Sondagem, 9,6% das empresas entrevistadas estavam com estoques considerados excessivos (um pouco abaixo dos 10,2% registrados em setembro), enquanto apenas 1,1% julgou acumular inventário insuficiente. O esforço, no momento, é diminuir o nível de estoques, para reequilibrar essa relação e permitir aumento da produção no futuro.
Em outubro, informou o economista, oito segmentos dentre os 14 pesquisados conseguiram diminuir estoques, ante apenas cinco em setembro. Campelo frisou o exemplo do setor têxtil, que reduziu em 9,8 pontos o nível de estoques entre setembro e outubro, para 115 pontos, ainda um pouco acima da média histórica, de 113,7 pontos. O mesmo padrão se repetiu para setores como metalúrgico, material de transporte (que engloba a cadeia automobilística) e vestuário e calçados. “A oportunidade de terminar esse ajuste até o fim do ano é grande por causa do aumento natural da demanda com o Natal. Aparentemente, em outubro houve um acerto nessa tentativa de reequilíbrio”, afirmou o economista da FGV.
O processo em curso já impactou positivamente também a produção prevista para os próximos três meses, que passou de 123 pontos para 124,1 pontos, alta de 0,9%, na série livre de influências sazonais.
Ainda assim, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,4% entre setembro e outubro, de 101,7 pontos para 100,7 pontos, na série com ajuste sazonal. Embora ainda esteja acima de 100 pontos – o que sinaliza expectativas favoráveis -, o indicador marcou a décima queda consecutiva e está abaixo da média histórica, de 103,9 pontos. A sondagem foi realizada entre 3 e 27 de outubro, com 1.243 empresas.
Apesar desse recuo, a avaliação de Campelo é de que a indústria “parou de piorar”. A queda da confiança no último mês, em sua avaliação, não foi somente muito pequena, mas estatisticamente pouco significativa, principalmente porque desde junho o ICI apresentava retração mensal em torno de 2%. Além disso, nove segmentos estão mais confiantes em outubro. Em setembro, a evolução havia sido inversa: oito apontavam queda.
Campelo reforçou também a ligeira melhora do Índice de Expectativas, que costuma antecipar o Índice da Situação Atual (ISA), com avanço de 0,2% no último mês, passando de 99,2 pontos para 99,4 pontos.
Além do ajuste de estoques, o economista atribui essa leve evolução à taxa de câmbio, com a desvalorização do real ante o dólar; ao plano Brasil Maior, que pretende aumentar a competitividade da indústria com medidas como desoneração da folha de pagamentos; e à queda da Selic, que, embora demore cerca de seis meses para ter impacto na economia real, pode influenciar a expectativa do consumidor e do empresário.
Fonte: Valor Econômico/Tainara Machado – 01/11/2011

Estoques acima do previsto caem em 8 setores da indústria
Uma parcela da indústria conseguiu reduzir, em outubro, o nível de estoques indesejados. Mesmo assim, o período de Natal não será de recuperação para o setor de transformação, segundo Aloisio Campelo, coordenador de sondagens conjunturais da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Ainda estamos passando por um período de muitos ajustes para a indústria”, explicou o economista ao interpretar os dados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação relativa a outubro, divulgada ontem pela FGV.

Para Campelo, adequar a oferta à demanda continua um desafio para a indústria. Em meses anteriores, o descompasso entre as projeções e o consumo efetivo trouxe choques, o que gerou acúmulo de estoques.

Em outubro, segundo a Sondagem, 9,6% das empresas entrevistadas estavam com estoques considerados excessivos (um pouco abaixo dos 10,2% registrados em setembro), enquanto apenas 1,1% julgou acumular inventário insuficiente. O esforço, no momento, é diminuir o nível de estoques, para reequilibrar essa relação e permitir aumento da produção no futuro.

Em outubro, informou o economista, oito segmentos dentre os 14 pesquisados conseguiram diminuir estoques, ante apenas cinco em setembro. Campelo frisou o exemplo do setor têxtil, que reduziu em 9,8 pontos o nível de estoques entre setembro e outubro, para 115 pontos, ainda um pouco acima da média histórica, de 113,7 pontos. O mesmo padrão se repetiu para setores como metalúrgico, material de transporte (que engloba a cadeia automobilística) e vestuário e calçados. “A oportunidade de terminar esse ajuste até o fim do ano é grande por causa do aumento natural da demanda com o Natal. Aparentemente, em outubro houve um acerto nessa tentativa de reequilíbrio”, afirmou o economista da FGV.

O processo em curso já impactou positivamente também a produção prevista para os próximos três meses, que passou de 123 pontos para 124,1 pontos, alta de 0,9%, na série livre de influências sazonais.

Ainda assim, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,4% entre setembro e outubro, de 101,7 pontos para 100,7 pontos, na série com ajuste sazonal. Embora ainda esteja acima de 100 pontos – o que sinaliza expectativas favoráveis -, o indicador marcou a décima queda consecutiva e está abaixo da média histórica, de 103,9 pontos. A sondagem foi realizada entre 3 e 27 de outubro, com 1.243 empresas.

Apesar desse recuo, a avaliação de Campelo é de que a indústria “parou de piorar”. A queda da confiança no último mês, em sua avaliação, não foi somente muito pequena, mas estatisticamente pouco significativa, principalmente porque desde junho o ICI apresentava retração mensal em torno de 2%. Além disso, nove segmentos estão mais confiantes em outubro. Em setembro, a evolução havia sido inversa: oito apontavam queda.

Campelo reforçou também a ligeira melhora do Índice de Expectativas, que costuma antecipar o Índice da Situação Atual (ISA), com avanço de 0,2% no último mês, passando de 99,2 pontos para 99,4 pontos.

Além do ajuste de estoques, o economista atribui essa leve evolução à taxa de câmbio, com a desvalorização do real ante o dólar; ao plano Brasil Maior, que pretende aumentar a competitividade da indústria com medidas como desoneração da folha de pagamentos; e à queda da Selic, que, embora demore cerca de seis meses para ter impacto na economia real, pode influenciar a expectativa do consumidor e do empresário.

Fonte: Valor Econômico/Tainara Machado – 01/11/2011

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