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As autoridades da zona do euro estão considerando criar uma linha de crédito temporária do Fundo Europeu para Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) para a Espanha, que poderá ser acessada caso o governo precise para recapitalizar seus bancos, informou ontem o jornal alemão “Die Welt”. Segundo a reportagem, sob o plano – que é uma opção em estudo – a Espanha poderá sacar o valor total do empréstimo ou apenas uma parte do crédito.
 
O Die Welt diz que a linha de crédito é uma solução intermediária entre a recusa de Madri de usar o EFSF e a recomendação de Berlim para que a Espanha faça isso.
 
A Espanha está preparando uma auditoria de seus bancos que não será concluída até o fim deste mês. Uma linha de crédito provisória agora proporcionaria a Madri uma fonte de liquidez de emergência no evento de uma turbulência do mercado antes da conclusão da auditoria.
 
O ministro do Orçamento da Espanha, Cristobal Montoro, pediu que os parceiros da zona do euro atuem rapidamente para apoiar os bancos em problemas, argumentando que o governo já perdeu acesso aos mercados de capitais devido aos elevados prêmios de risco exigidos pelos investidores. Com esse comentário, Montoro juntou-se aos recentes pedidos do governo espanhol por uma ajuda direta das instituições da União Europeia aos bancos do país.
 
“O que os prêmios [de risco do país] dizem é que a Espanha terá um problema quando tiver que acessar os mercados, quando precisarmos refinanciar nossa dívida”, disse Montoro a uma rádio. “Esse prêmio diz que a Espanha não tem as portas do mercado abertas e o desafio é abrir a porta e reconquistar a confiança desses mercados, nossos credores.”
Montoro, no entanto, indicou que a Europa deveria permitir que suas instituições recapitalizem diretamente os bancos, enfatizando que um plano de resgate mais amplo é uma opção desnecessária para a quarta economia da zona do euro.
 
Ele acrescentou que os bancos espanhóis não precisam de quantias enormes de ajuda, fazendo jus aos comentários feitos pelo presidente do conselho do banco Santander, Emilio Botín, que afirmou na segunda-feira que € 40 bilhões seriam suficientes para tornar o setor financeiro do país viável. Alguns analistas estimaram que o setor necessitaria de até € 90 bilhões.
 
“A quantia necessária para o sistema bancário espanhol não é muito alta ou excessiva. O que importa é o procedimento para obter esses recursos e é por isso que é importante que as instituições europeias prossigam com isso”, disse Montoro. “O que é necessário é que as instituições europeias comecem a se mexer e busquem uma recapitalização por meio desses procedimentos.”
 
Sob os acordos existentes, os fundos de socorro da zona do euro não podem ser usados diretamente para recapitalizar bancos.
 
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse ontem que a União Europeia precisa dirimir as dúvidas sobre o projeto do euro por meio do reforço da integração e da criação de uma união bancária comum e de bônus da zona do euro. Em mais um pedido por uma ação mais forte da UE em meio à piora da crise bancária na Espanha, Rajoy disse em debate parlamentar que o país planeja continuar com seu ambicioso plano de reformas, mas os parceiros da UE também precisam fazer a sua parte para melhorar a situação.
 
Além disso, Rajoy disse que a economia em dificuldade do país está em linha com as projeções anteriores do governo, de uma contração de 1,7% do PIB neste ano. O premiê afirmou que a Espanha está em processo de correção de uma série de desequilíbrios, incluindo a excessiva dependência do capital estrangeiro, mas deve estar em situação melhor no ano que vem.
 
Ontem, após reunião do G-7, o ministro das Finanças do Japão, Jun Azumi, disse que os integrantes do grupo prometem enfrentar os problemas da zona do euro e cooperar em questões como Espanha e Grécia. Azumi confirmou que o principal tema da teleconferência foi a situação da Europa e disse que o Japão irá ajudar a região quando possível.
 
Fonte: Valor Econômico/ Dow Jones Newswires – 06/06/2012

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