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As empresas ainda não estão preparadas para lidar com metade da população brasileira. Pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular mostra que 71% das empresas ainda têm algum tipo de resistência para trabalhar com o público emergente.

A consultoria ouviu 100 empresas nacionais e realizou entrevistas com executivos para avaliar a percepção das instituições sobre os emergentes. Do total de entrevistados, 70% percebe que existe preconceito por parte das empresas com relação à baixa renda.

Apesar disso, porém, as empresas estão interessadas nesse público, diz o levantamento. E não é à toa, uma vez que as classes C, D e E representam R$ 1,3 trilhão de massa de renda.

Despreparo

Interesse, contudo, não significa preparo. A pesquisa constatou que 79,21% dos executivos não se consideram preparados para atingir esse público. Destes, 91% avaliam que seus colegas de empresa também não possuem esse preparo.

Do total dos entrevistados, 85,43% consideram sua empresa despreparada para lidar com os emergentes. E 49% afirmam que sua empresa não entende nada sobre a baixa renda e 28% acreditam que sua empresa entende pouco sobre esse segmento da população.

A falta de conhecimento e a dificuldade de se comunicar com esse público são as principais dificuldades das instituições. A falta de conhecimento sobre os consumidores das classes C, D e E foi citada por 33,8% dos entrevistados, ao passo que a comunicação é dificuldade para 27,3% deles.

Entre outras dificuldades estão a estrutura da organização, citada por 15,6% dos executivos, o produto, apontado por 13% ,e as estratégias, citadas por 6,5%.

Liderança

Se as empresas não se sentem preparadas para lidar com os emergentes, é melhor elas começarem a adotar novas estratégias. Para o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, saber lidar com a base das pirâmide é essencial para quem deseja ser líder de mercado.

“Existe um grande abismo cognitivo entre as empresas e a nova classe média”, afirmou, por meio de nota. “Entender as tendências, motivações e referências deste brasileiro requer humildade e conhecimento especializado”, afirma.

De acordo com ele, as empresas estão acostumadas a lidar com o público de baixa renda. “É relativamente fácil traçar estratégias de comunicação para o público de alta renda. Eles são, em geral, da mesma classe social que os estrategistas. Têm as mesmas motivações e compartilham a mesma cultura, mas o Brasil de verdade fala outra língua”.

Fonte: InfoMoney, 05/01/2011

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