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Os desembolsos do BNDES têm caído nos últimos meses, em movimento visto internamente como reflexo do desaquecimento da economia brasileira. Como resultado, a instituição trabalha com a perspectiva de queda
do total liberado, no fim do ano, para patamar próximo de R$ 140 bilhões—abaixo, portanto, dos R$ 146 bilhões de 2010 (valor que exclui a operação de capitalização da Petrobras, de R$ 24,8 bilhões). O resultado,
se confirmado, não só evidenciará a primeira retração do indicador desde 2003, como também representará o cumprimento da estratégia traçada pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, de reduzir “o tamanho”
do BNDES neste ano.
Se, por um lado, a revisão da projeção para 2011 representa boa notícia, por outro, evidencia problemas principalmente para a indústria de transformação, a maior prejudicada pela concorrência com os chineses. Em crise desde 2008, o setor tem sofrido o impacto direto das importações asiáticas no país.O desaquecimento das economias americana e europeia tem levado empresas da China a desviar a oferta de produtos baratos para mercados emergentes como o Brasil. A situação já se reflete, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), na confiança da indústria, cujo indicador de outubro foi ao menor nível desde 2009.
A diretoria do BNDES interpreta a redução dos desembolsos como reflexo do desaquecimento da economia brasileira, mas o que minimiza as preocupações é o fato de também obedecer a uma série de providências para frear a demanda pelo crédito oficial nos últimos dois  anos. Entre 2009 e 2010, o crescimento de pedidos — que incluiu crédito até para gigantes estatais como a Petrobras —, no bojo da crise mundial, levou o BNDES a recorrer a aportes do Tesouro Nacional.
Peça fundamental no pacote de estímulo fiscal do governo  contra a crise, o banco criou o Programa de Sustentação de Investimento (PSI), que teve por objetivo socorrer a indústria no momento em que o setor financeiro
privado secou as linhas de crédito— em decorrência da crise. Para respaldar o PSI, que oferecia recursos a taxas mais módicas, o Tesouro teve que aportar, entre 2009 e 2010, R$ 180 bilhões no banco, em movimento criticado. Diante disso, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou no fim do ano passado que mudaria as condições de financiamento, como forma de enxugar a demanda.
Entre as medidas, o BNDES não só reajustou para cima as taxas dos financiamentos, como aumentou, de zero para 90%, as contrapartidas dos tomadores. Se, antes, os financiamentos cobriam até 100% do projeto para o qual o recurso era demandado, no início do ano foi limitado. Para projetos de grandes empresas, por exemplo, a cobertura foi reduzida para 70%. Já as pequenas e médias empresas viram essa proporção decrescer menos, para até 90%.
A diretoria do banco—que prepara com o governo um novo pacote de medidas microeconômicas para estimular o crédito privado de longo prazo — avalia, no entanto, que, por maior que seja o esforço do BNDES, o câmbio permanece como obstáculo para a recuperação da indústria, apesar da valorização do dólar desde julho. Internamente,  a avaliação é que o câmbio, nos últimos meses, “saiu de um nível desastroso para um patamar
muito ruim.”
Atualmente em R$ 1,70, a cotação da moeda americana precisaria, na avaliação da instituição, subir para R$ 2,25 para devolver competitividade ao setor fabril nacional. Se chegasse a R$ 2, de acordo com as mesmas
fontes, já diminuiria o suplício dos industriais brasileiros.
Fonte: Brasil Econômico/Ricardo Rego Monteiro – 28/10/2011

Desembolsos do BNDES vão recuar neste ano
Os desembolsos do BNDES têm caído nos últimos meses, em movimento visto internamente como reflexo do desaquecimento da economia brasileira. Como resultado, a instituição trabalha com a perspectiva de queda
do total liberado, no fim do ano, para patamar próximo de R$ 140 bilhões—abaixo, portanto, dos R$ 146 bilhões de 2010 (valor que exclui a operação de capitalização da Petrobras, de R$ 24,8 bilhões). O resultado,
se confirmado, não só evidenciará a primeira retração do indicador desde 2003, como também representará o cumprimento da estratégia traçada pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, de reduzir “o tamanho”
do BNDES neste ano.

Se, por um lado, a revisão da projeção para 2011 representa boa notícia, por outro, evidencia problemas principalmente para a indústria de transformação, a maior prejudicada pela concorrência com os chineses. Em crise desde 2008, o setor tem sofrido o impacto direto das importações asiáticas no país.O desaquecimento das economias americana e europeia tem levado empresas da China a desviar a oferta de produtos baratos para mercados emergentes como o Brasil. A situação já se reflete, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), na confiança da indústria, cujo indicador de outubro foi ao menor nível desde 2009.

A diretoria do BNDES interpreta a redução dos desembolsos como reflexo do desaquecimento da economia brasileira, mas o que minimiza as preocupações é o fato de também obedecer a uma série de providências para frear a demanda pelo crédito oficial nos últimos dois  anos. Entre 2009 e 2010, o crescimento de pedidos — que incluiu crédito até para gigantes estatais como a Petrobras —, no bojo da crise mundial, levou o BNDES a recorrer a aportes do Tesouro Nacional.

Peça fundamental no pacote de estímulo fiscal do governo  contra a crise, o banco criou o Programa de Sustentação de Investimento (PSI), que teve por objetivo socorrer a indústria no momento em que o setor financeiro
privado secou as linhas de crédito— em decorrência da crise. Para respaldar o PSI, que oferecia recursos a taxas mais módicas, o Tesouro teve que aportar, entre 2009 e 2010, R$ 180 bilhões no banco, em movimento criticado. Diante disso, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou no fim do ano passado que mudaria as condições de financiamento, como forma de enxugar a demanda.

Entre as medidas, o BNDES não só reajustou para cima as taxas dos financiamentos, como aumentou, de zero para 90%, as contrapartidas dos tomadores. Se, antes, os financiamentos cobriam até 100% do projeto para o qual o recurso era demandado, no início do ano foi limitado. Para projetos de grandes empresas, por exemplo, a cobertura foi reduzida para 70%. Já as pequenas e médias empresas viram essa proporção decrescer menos, para até 90%.

A diretoria do banco—que prepara com o governo um novo pacote de medidas microeconômicas para estimular o crédito privado de longo prazo — avalia, no entanto, que, por maior que seja o esforço do BNDES, o câmbio permanece como obstáculo para a recuperação da indústria, apesar da valorização do dólar desde julho. Internamente,  a avaliação é que o câmbio, nos últimos meses, “saiu de um nível desastroso para um patamar
muito ruim.”

Atualmente em R$ 1,70, a cotação da moeda americana precisaria, na avaliação da instituição, subir para R$ 2,25 para devolver competitividade ao setor fabril nacional. Se chegasse a R$ 2, de acordo com as mesmas
fontes, já diminuiria o suplício dos industriais brasileiros.

Fonte: Brasil Econômico/Ricardo Rego Monteiro – 28/10/2011

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