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O total de concessões no crédito consignado evoluiu apenas 1,1% em fevereiro de 2013, para R$ 11, 564 bilhões, enquanto em janeiro, contra o mês anterior, dezembro, o avanço havia sido de 33,9%.Em relação a fevereiro de 2012, no entanto, as concessões subiram 32,5%. A justificativa para a queda mensal pode confirmar o cenário de incertezas da economia diante da inflação em alta, o que deve levar o Banco Central a elevar a taxa básica de juros (Selic) no primeiro semestre. Dessa forma, as instituições financeiras já precificam o aumento do custo da captação e reduzem a oferta de linhas de empréstimo com taxa de juros reduzida, isto é, com menor margem de lucro. Por outro lado, economistas apostam em recuperação do patamar de oferta perdido no final de 2012, quando o consignado teve queda.
 
Na divisão por segmento, a maior queda em fevereiro pôde ser observada no ramo de empréstimos a trabalhadores do setor privado, no qual as concessões chegaram a R$ 896 milhões, o que representa um recuo de 7,2% contra janeiro. De dezembro a janeiro ocorreu um crescimento de 38,6%.
 
Entre os empréstimos concedidos aos funcionários públicos também houve recuo, de 0,3% contra avanço de 22,6% na comparação mensal. Em dezembro 2012, as concessões chegaram a R$ 5, 556 bilhões, em janeiro passaram para R$ 6,810 bilhões e em fevereiro desse ano ficaram em R$ 6,790 bilhões.
 
Já o ramo de empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS apresentou expansão de 6%, de R$ 3, 657 bilhões em janeiro para R$ 3, 878 bilhões em fevereiro. Contudo, de dezembro a janeiro o crescimento foi superior, de 60%, quando estava em R$ 2,286 bilhões no último mês do ano passado.
 
“Há uma expectativa de alta da inflação e dos juros. Então, há pouco interesse dos bancos em emprestar por um período e a Selic subir, então terá uma taxa aplicada mais baixa do que a captação”, justifica Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
 
Segundo Oliveira, o crédito consignado sempre será uma operação positiva para o consumidor e para o banco, já que possui a garantia do desconto em folha de pagamento. “Saindo desse período de incerteza a tendência é de estabilidade, com crescimento entre 2% e 3%.”
 
O economista da Boa Vista Serviços, Flávio Calife, concorda que a possível alta da Selic pode influenciar a concessão, mas diz que ainda é cedo para afirmações, principalmente porque há o efeito sazonal de menos quatro dias em fevereiro. “O consignado aumentou a participação no crédito pessoal de 62% para 65% . Enquanto as concessões do não consignado caíram 12,8%”.
 
Calife destaca que a participação dos pensionistas e aposentados do INSS no consignado, contudo, tem elevado, de 27% para 33,5%, enquanto o setor público caiu para 58,7% e o setor privado passou de 9,1%, na média, para 7,7%. “Há ganhos de renda e incentivos dos bancos públicos. O INSS vem aumentando desde setembro do ano passado.”
 
Para o economista, janeiro teve a elevada oferta devido às quedas em novembro e dezembro do último ano. “Novembro caiu 10% e dezembro mais 16%, então em janeiro volta aos patamares de outubro”. Calife enfatiza que esse é um momento de cautela e, por isso, o consignado é uma alternativa importante para os bancos.
 
Fonte: DCI – Comércio, Indústria e Serviços / Marcelle Gutierrez – 02.04.13

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