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As financeiras do segmento de automóveis admitiram ontem que elevaram as taxas de juros para a compra de carros como resultado de um aumento da inadimplência nos atuais financiamentos. Na avaliação da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), os atrasos nas parcelas de aquisição de automóveis registrada no último ano teve efeito negativo na aprovação final do crédito e nos custos de financiamentos. ?Todo mundo está tendo um pequeno aumento (de juros)?, disse ontem o vice-presidente da Anef, Gilson Carvalho, após reunião com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Dados do Banco Central mostram que os atrasos de 15 a 90 dias nas parcelas de automóveis somaram em fevereiro 5,5%, um aumento de 2,7% nos últimos 12 meses. Para Carvalho, por conta do movimento de menor desemprego e aumento da renda é possível que o índice elevado de inadimplência recue ao longo do ano, resultado na dinamização do crédito, mas ainda é cedo para fazer qualquer prognóstico. ?Estamos esperando os números de inadimplência do mês de março para fazer sinalizar alguma coisa?, afirma.

A entidade representativa do setor, acompanhada de seis financeiras de montadoras, pediram ao governo elaboração de medidas costuradas em conjunto com a Federação dos Bancos (Febraban) para melhorar o crédito do setor. Segundo Carvalho, o encontro com o Ministro Mantega foi pautado na discussão de uma agenda positiva comum que possa melhorar o crédito. ?Ainda é cedo para anunciar propostas porque temos de fazer um trabalho conjunto”.

As restrições no financiamento de carros preocupa a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O presidente da entidade, Cledorvino Bellini disse que a situação tem prejudicado a venda do setor e ameaçado os investimentos das montadoras feitos na esteira dos benefícios anunciados pelo governo no contexto do Plano Brasil Maior. Segundo Bellini, as medidas do governo garantem investimentos de R$ 22 bilhões até 2015.

A Anef adota um discurso de ações conjuntas de redução do custo do crédito amparada na pouca influência que exerce no mercado. Segundo Carvalho, o segmento responde por apenas 25% do total de concessão de créditos no país, enquanto que os grandes bancos fazem quase 70%. Além disso, no que diz respeito a condições de financiamento, as financeiras de automóveis são um pouco mais agressivas quando comparadas as demais instituições.

Além da redução da inadimplência, o setor também espera garantias do governo para destravar o crédito. Na avaliação de Carvalho, uma das causas dessa restrição é a situação de execução do carro que nem sempre é fácil de ser retomado como resultado do não pagamento do veículo. Carvalho afirmou ainda que as restrições de crédito não possam ser atribuídas a falta de liquidez, é necessário mais garantias para as financeiras de que o dinheiro a ser emprestado será recebido depois.

Fonte: Brasil Econômico/ Ruy Barata Neto – 13/04/2012

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