O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

 

A BM&FBovespa deu um importante passo ontem para proteger seu mercado, cortando taxas de negociação com ações à vista e prometendo reduzir custos para o mercado de derivativos ainda este ano, num momento em que concorrentes estrangeiros se preparam para entrar no negócio por aqui.
 
A tarifa de negociação no mercado de ações à vista foi reduzida em 28,5%, de 0,007% para 0,005%, explica Edemir Pinto, diretor presidente da bolsa brasileira. O desconto entrará em vigor provisoriamente a partir de 1º de abril, até que a nova tabela de preços vigore em definitivo a partir de 2 de dezembro. A medida beneficiará investidores estrangeiros, pessoas físicas e instituições financeiras. Fundos e clubes já desfrutam da tarifa mais baixa.
 
“A medida anunciada pela BM&FBovespa é muito bem vinda. Com a queda da taxa de juros e o menor retornos dos investimentos, o mercado de renda variável carecia de mudanças”, acredita André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
 
Num primeiro momento, a tarifa menor valerá também para leilões e ofertas públicas de aquisição de ações (OPA), para que os sistemas da bolsa e das corretoras sejam adaptados às mudanças. No entanto, a partir de 2 de dezembro essas operações voltarão a ter tarifa de negociação de 0,007%.
 
Segundo Edemir, o objetivo da nova política é “dividir os ganhos de escala com todos os participantes do mercado.” Ele citou ainda que a expectativa é que as medidas contribuam para ampliar o volume financeiro negociado na bolsa brasileira.
 
Para Clodoir Vieira, analistachefe da corretora Souza Barros, a redução pode parecer pequena, mas na negociação de grandes volumes, a diferença será sentida. “Não acredito que a redução atrairá novos investidores, porém fará com que os que já operam no mercado acionário elevem os volumes transacionados”, diz.
 
Caso não haja aumento adicional de giro financeiro, a redução da tarifa poderia implicar em uma queda de até R$ 20 milhões em receita anual para a companhia, de acordo com o diretor-presidente da bolsa.
 
A BM&FBovespa também anunciou que vai oferecer, a partir de 2 de dezembro, benefícios para todas as operações de “day trade” (compra e venda de ações no mesmo dia) e cortes progressivos de taxas para todos os clientes, baseados em volumes médios de mercado.
 
Marcelo Maziero, diretor executivo de produtos e clientes da BM&FBovespa, disse que a ampliação dos descontos para todos os investidores que realizarem “day trade” tem por principal objetivo “aumentar mais a liquidez do nosso mercado.”
 
A bolsa informou ainda que deve anunciar até o fim do ano a uma revisão de taxas no segmento de derivativos da BM&F, incluindo contratos de juros e moedas futuras, bem como commodities agrícolas.
 
O segmento BM&F é responsável por 41% de sua receita líquida, enquanto o segmento de ações da Bovespa responde por 48%. A revisão da política de tarifas pela BM&FBovespa ocorre num momento em que a Direct Edge, o quarto maior operador de bolsas de ações dos EUA, anunciou planos para solicitar a licença para operar uma bolsa brasileira.
 
Fonte: Brasil Econômico / Guillermo Parra-Bernal / Reuters – 06.03.13

Outras notícias

Relatório do BC sugere inflação abaixo da meta

Leia mais

Congresso prorroga medida provisória sobre Basileia 3

Leia mais

Montadoras projetam novo recorde de vendas em 2010

Leia mais