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O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira da Silva, buscou reforçar ontem que as decisões da instituição não sofrem nenhum tipo de interferência.

“As decisões de política monetária são sempre norteadas pela autonomia institucional e pela necessidade de fazer com que a inflação convirja para a meta e isso seja um bem para a sociedade brasileira”, disse durante entrevista coletiva após o lançamento de um plano ligado à inclusão financeira.

Durante a manhã, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já havia se preocupado em reafirmar a “total independência” do BC em uma nota.

“A manutenção da estabilidade macroeconômica, de preço e financeira são nossos objetivos como instituição e autoridade monetária”, disse Awazu. “Fazemos isso com trabalho técnico independente, visando o bem para a sociedade”, ressaltou.

O diretor do BC também reafirmou a expectativa da autoridade monetária de que as taxas médias de juros dos bancos tenham um declínio ao longo do ano e que esse movimento contribua para a promoção da inclusão financeira. Ele ainda disse que o crescimento do acesso ao crédito deve ser feito de forma sustentável e compatível com os objetivos da instituição.

Luiz Awazu afirmou que um dos grandes desafios da autoridade monetária é avaliar o ritmo de crescimento do crédito no país – se foi muito rápido e se isso comporta riscos.

“Estamos atentos à velocidade do crescimento do crédito em relação ao risco de estabilidade financeira.” Segundo ele, ao contrário do que tem sido divulgado por algumas publicações estrangeiras, “não estamos em situação de crescimento fora de controle do crédito no Brasil”. Na avaliação dele, o que houve no país foi progresso social e inclusão financeira da baixa renda que acabaram puxando a expansão do crédito.

“Está relacionado à mudança estrutural do mercado e inclusão social da baixa renda que estava fora [sem acesso ao crédito]”, frisou. O diretor destacou ainda que nem por isso o BC vai relaxar na fiscalização, porque o objetivo da autoridade monetária é garantir a estabilidade financeira. “Estamos monitorando com muita atenção (comportamento da dívida, custos das tarifas, dos serviços financeiros/endividamento das famílias e condições de concorrência).”

Para Tombini, do BC, o país já tem um diagnóstico do que é preciso fazer para promover ainda mais a inclusão financeira no país. “Estamos há mais de dez anos evoluindo nesse assunto. O que estamos fazendo agora é articular as iniciativas”, disse ele ontem, no lançamento do Plano de Ação para Fortalecimento do Ambiente Institucional.

Fonte: Valor Econômico – 10/05/2012

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