O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

 

Um dia depois de o governo anunciar que aumentará o financiamento da safra agrícola de 2012/2013 em R$ 14,8 bilhões, o Banco Central (BC) explicou que o dinheiro vai sair de um corte feito nos depósitos compulsórios. Ontem, a autoridade monetária informou que diminuiu o percentual de recursos dos clientes que os bancos são obrigados a deixar nos cofres do BC. A decisão foi tomada para reanimar a agricultura, que enfrenta grave crise por causa da seca que derrubou a produção na Região Sul e fez com que o setor encolhesse 8,5% nos primeiros três meses do ano.

 
Por isso, o BC cortou de 12% para 6% a parcela adicional de compulsório sobre depósitos à vista. Segundo as regras do compulsório, todos os bancos têm de recolher 43% do que os clientes mantêm em depósitos à vista, além de um adicional. Essa foi a parcela alterada pela instituição.
 
A autarquia mexeu também em outra regra para garantir que esses recursos liberados não sejam usados para qualquer outro fim, como, por exemplo, financiamentos mais caros, que dão lucro maior para os bancos. O Banco Central aumentou o percentual que as instituições financeiras têm que repassar obrigatoriamente para o crédito rural, de 28% dos depósitos à vista para 34%.
 
Atualmente, o volume de dinheiro dos correntistas que o BC retira da economia está em R$ 393 bilhões. O que era visto como uma anomalia do sistema financeiro brasileiro passou a ser considerado um seguro depois da crise financeira global de 2009. Na época, ao liberar parte desses recursos, a autoridade monetária reduziu o impacto das turbulências que levaram o crédito a secar em praticamente todo o mundo. Agora, a fórmula se repete. Essa foi a primeira mudança no compulsório desde a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, que abalou a economia global.
 
A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) faz parte de um conjunto de medidas para estimular a produção nacional de alimentos. Foi tomada na quinta-feira, mesmo dia em que o BC cortou drasticamente a previsão de crescimento para a agropecuária, estimando que o setor deve encolher 1,5% neste ano. A queda da estimativa foi de quatro pontos percentuais, sobretudo por causa dos efeitos da seca no início do ano, maiores do que o esperado. Essa reversão foi uma das responsáveis pela diminuição da expectativa do BC para o crescimento da economia, de 3,5% para 2,5% neste ano.
 
Para ajudar o setor, o CMN aprovou também uma resolução para ampliar o amparo do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária da Agricultura Familiar (Proagro Mais) para os produtores rurais. Os pequenos agricultores vinculados ao programa foram beneficiados com a elevação, de R$ 3,5 mil para R$ 7 mil, de uma cobertura que recebem na ocorrência de perdas na lavoura em razão de problemas climáticos.
 
Fonte: O Globo/ Gabriela Valente – 02/07/2012

Outras notícias

Indicadores positivos mostram reativação da economia dos EUA

Leia mais

BC regulamenta procedimento para abertura e mudança societária em bancos

Leia mais

Basileia III preocupa mercado e instituições de médio porte

Leia mais