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Enquanto o setor elétrico sofre as consequências do pacote de energia, outro segmento que também enfrentou perdas na bolsa por conta de medidas do governo – o de bancos – volta a chamar a atenção de analistas. Segundo eles, mesmo após a cruzada do governo contra os juros elevados e a queda de rentabilidade das instituições, o setor deve se mostrar lucrativo diante da expectativa de recuperação econômica em 2013.
 
Frederico Sampaio, chefe de investimento de renda variável da Franklin Templeton, diz, em relatório, que os bancos privados reportaram resultados nos quais fica explícita a queda de patamar dos retornos sobre capital. “O crescimento da carteira de crédito desacelerou, refletindo postura conservadora, já que o nível de inadimplência ainda não entrou em trajetória de queda”, afirma Sampaio. “De fato, houve perda de participação de mercado para os bancos públicos, que têm sido usados pelo governo como instrumento de política anticíclica”.
 
Ainda assim, Sampaio acredita que as ações do Itaú Unibanco se mostram atraentes diante de um múltiplo P/L (relação entre o preço da ação e o lucro) de 8,5 vezes e um P/VPA (preço sobre valor patrimonial) de 1,5 vez, caso se materialize o cenário de recuperação econômica em 2013 que deve dar início ao ciclo de queda de inadimplência. “O programa de aumento de eficiência do banco tem surtido efeito e os custos estão sob controle”, afirma Sampaio.
 
A Concórdia mantém ações de bancos nas três carteiras que divulga com diferentes perfis. Na carteira Ibovespa, em que privilegia liquidez e “timing” na escolha das ações, o destaque é mais uma vez Itaú Unibanco, pela sua forte atuação em seguros, cartão, previdência e capitalização. O P/L estimado para 2012 é de 9,7 vezes.
 
Em sua carteira de valor, onde estão os papéis de risco moderado e bons fundamentos de longo prazo, figura o Bradesco, banco com ampla base de clientes pessoa física, o que, segundo a corretora, lhe garante grande vantagem competitiva, dado o baixo custo de captação de recursos. “Além disto, [o banco] segue melhorando seu índice de eficiência e elevando os resultados atrelados a seguro”, afirma a equipe. O P/L estimado para 2012 é de 10,9 vezes. Por fim, as ações do Banco do Brasil compõem a carteira de dividendos da Concórdia, em razão de seu menor índice de inadimplência dentre os grandes bancos e um “dividend yield” estimado em 2012 de 7,9%.
 
Em relatório de novembro, o HSBC é outro que aposta em uma reação dos bancos. O setor, lembra a equipe, é negociado bem abaixo das avaliações históricas, com P/VPA de cerca de 1,7 vez, em comparação ao índice histórico de 2,2 vezes. “Continuamos cautelosos em relação à agenda regulatória [do governo], porém existem catalisadores positivos importantes para o setor, como a aceleração no crescimento do crédito após a forte queda verificada em 2012”.
 
Já as elétricas continuam em seu inferno astral. Ontem, em meio à forte queda das ações da Eletrobras na bolsa, o Barclays divulgou que cortou o preço-alvo tanto dos papéis ordinários quanto preferenciais para R$ 1 – muito abaixo da cotação atual (por volta de R$ 8 e R$ 10, respectivamente) – e colocou a recomendação para underweight (abaixo do desempenho do mercado). Para o banco de investimento, as regras rígidas para renovação das concessões podem reduzir a receita da empresa em 30% em 2013, com a queda da capacidade de pagamento de dividendos.
 
Na ponta oposta, os papéis da B2W figuravam entre as altas da bolsa na segunda-feira, ainda repercutindo o balanço divulgado na semana passada. A companhia reportou ganho de receita pelo segundo trimestre consecutivo e melhora na rentabilidade, com alta da margem bruta. “As ações estão subindo desde a divulgação pela reversão de tendência. Os papéis estavam muito descontados e bem abaixo do topo histórico”, diz Priscila Tambelli, analista do BB Investimentos. O preço-alvo está em revisão.
 
Fonte: Valor Econômico/ Flavia Lima/ Daniela Meibak/ Tatiana Bortolozi – 21/11/2012

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