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Bancos internacionais reduziram o crédito para regiões do mundo onde a retomada econômica é lenta para transferi-los em direção das economias com crescimento mais rápido, constata o Banco Internacional de Compensações (BIS), o banco dos bancos centrais, em relatório a ser divulgado hoje.

Os créditos bancários para países emergentes cresceram US$ 37 bilhões, sobretudo para a Ásia-Pacífico, enquanto os bancos reduziram em US$ 311 bilhões sua exposição à zona do euro. Os dados são do quarto trimestre de 2009, os últimos disponíveis. Ao Brasil houve uma ligeira alta na exposição dos bancos no período.

O BIS destaca como a situação “preocupante” das finanças públicas na zona euro “abalou a confiança” internacional nas últimas semanas, alimentando temores de que a retomada econômica seja comprometida e de que o sistema financeiro seja mais frágil do que se pensava.

O BIS alerta que os bancos europeus correm o risco de continuar pagando altas taxas para levantar dinheiro junto a outros bancos, diante da relutância dos bancos de emprestar dinheiro para seus pares na Europa. A elevação recente da Libor (taxa interbancária de Londres) e da taxa do OIS (troca de juros prefixados por pós-fixados por um dia) na Europa e nos Estados Unidos traz a possibilidade implícita de “mais altas futuras” nos spreads e mais dificuldades no mercado interbancário.

Pode haver contágio sobre os emergentes. Na semana passada, o Instituto Internacional de Finanças (IIF), entidade que reúne os maiores bancos comerciais do mundo, estimou que a persistente tensão no mercado interbancário americano e na Europa, principalmente para fundos em dólar, pode atingir bancos de países emergentes que são ativos internacionalmente.

Ou seja, suas necessidades de financiamento em dólar podem ter problemas, como ocorreu em 2008. Sugere que as autoridades dos emergentes permaneçam especialmente vigilantes sobre essa dificuldade.

Levantamento do BIS mostra que a exposição dos bancos comerciais junto aos setores público e privado na Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, os mais afetados pela crise da dívida soberana, totalizava mais de US$ 2,5 trilhões ao final de 2009. Os europeus representavam 62% da exposição total. Os franceses e alemães têm juntos exposição à divida soberana de US$ 174 bilhões e de US$ 784 bilhões no setor privado desses países.

A atividade nos mercados de títulos da dívida internacionais foi retomada no primeiro trimestre do ano. Os anúncios de emissões brutas subiram 7%, para US$ 2,249 trilhões.

Também a atividade nos mercados de derivativos foi acelerada, com aumento de 16%, para atingir US$ 514 trilhões. O BIS destaca a atividade nos contratos de curto prazo sobre juros no Brasil, onde o volume de negócios quase dobrou para US$ 5,4 trilhões, com os participantes começando a colocar o preço na elevação dos juros.

Os investidores aumentaram tambem posições em câmbio futuro e opções em relação ao real. Os contratos em aberto de um dia para outro no Brasil subiram 41% no primeiro trimestre, alcançando US$ 140 bilhões, só atrás dos contratos em dólar americano, com US$ 330 bilhões, mas superando o euro (US$ 100 bilhões).

Fonte: Valor Econômico/Assis Moreira – 14/06/10

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