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O mercados de dívida americano viu uma onda de emissão de títulos de bancos nos últimos dias, com as principais instituições financeiras aproveitando o declínio dos custos de captação e a demanda por papéis com boa classificação de risco de crédito.
 
Wells Fargo, Hartford Financial Services, First Republic Bank e J.P. Morgan Chase foram algumas das instituições que levantaram recursos, elevando o total de bônus emitidos por bancos para quase US$ 15 bilhões neste mês, segundo a consultoria Dealogic. O volume tende aumentar. Outros, como o Goldman Sachs e o canadense Bank of Nova Scotia estavam na fila para captar.
 
A queda nos spreads, a melhora nos balanços e o crescimento das carteiras de crédito funcionaram como “catalisadores para o aumento no financiamento”, disse Justin D” Ercole, chefe das operações nas Américas de grupos de compra em emissões com grau de investimento do Barclays. “Uma série de eventos macro ao mesmo tempo contribuiu para condições gerais melhores.”
 
Bancos e grupos financeiros vêm mostrando-se captadores agressivos desde o início do ano, com as vendas totais em dólar aproximando-se da marca de US$ 150 bilhões.
 
Grandes bancos europeus, como o Standard Chartered, do Reino Unido, e o Intesa Sanpaolo, da Itália, também se juntaram às emissões em dólar neste ano, mas o maior acordo neste ano veio do J.P. Morgan, que lançou US$ 6,4 bilhões em três tranches em janeiro.
 
O recente declínio do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA também contribuiu para corrida dos bancos para assegurar financiamento com custos de captação mais baixos, segundo analistas. O rendimento das notas de dez anos do Tesouro caiu para menos de 1,7%, em comparação aos mais de 2% em março.
 
O Wells Fargo concluiu na semana passada oferta de US$ 2 bilhões, em duas tranches, incluindo uma emissão de US$ 1,15 bilhão em notas de cinco anos pós-fixadas e US$ 850 milhões referentes à reabertura de notas de 1,5% com vencimento em 2018. Os papéis da reabertura foram vendidos com custo de captação mais baixo do que quando o banco fez o lançamento original no início do ano.
 
Para os investidores, os títulos bancários são atrativos porque o lado da oferta ainda se recupera de um forte declínio nas emissões em 2010 e 2011. D” Ercole acredita que as vendas totais de instituições financeiras com grau de investimento vão superar a cifra de 2012, quando foram colocados US$ 300 bilhões em títulos.
 
Os lançamentos de títulos de bancos vão representar “uma parcela maior da agenda de emissões totais nos EUA do que nos último dois de anos”, disse.
 
A alta dos títulos levou o rendimento médio para baixo. O retorno total dos papéis, de 1,84% no acumulado do ano, no entanto, ainda é maior do que o retorno médio dos bônus de empresas, segundo índices do Barclays.
 
Os bônus de “bancos não estão tão baratos quanto estavam”, disse D”Ercole. “Mas como seus fundamentos agora estão melhores do que os das [empresas] não financeiras, os investidores foram atraídos para o setor”.
 
Fonte: Valor Econômico / Vivianne Rodrigues / Financial Times – 22.04.13

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