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Pouco mais de três meses depois de o governo iniciar uma batalha pela redução dos spreads, os balanços do Bradesco e do Itaú Unibanco divulgados nesta semana mostram que os esforços já surtem algum efeito até o fim do primeiro semestre. Os spreads com operações de crédito das duas instituições estão em queda. No Bradesco, o spread caiu de 11% em março para 10,9% em junho. No Itaú, cedeu de 13,5% para 13,4%.
 
Apesar do impacto inicial pequeno, os executivos dos bancos afirmam que a tendência é irreversível daqui para a frente. “Por enquanto, a redução de spreads ainda está lenta, mas isso vai acontecer”, disse Alfredo Setubal, vice-presidente do Itaú Unibanco, durante teleconferência com analistas ontem.
 
O corte nos spreads começou capitaneado pelos bancos públicos, principalmente pela Caixa Econômica Federal. Mas, sentindo o efeito da concorrência via preços alardeada em propagandas no rádio e na televisão, as instituições privadas não puderam se esquivar de seguir a toada. “É um processo muito forte. Em determinados segmentos, o spread está adequado, como em empresas. Em outros, nos próximos dois, três anos, veremos uma transformação muito grande”, afirmou Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco.
 
Estatísticas gerais do sistema financeiro já apontavam para essa tendência até maio. Pelos cálculos do Banco Central (BC), o spread passou de 28 pontos percentuais em março para 24,7 pontos em maio. Hoje, o BC divulga os números de junho. Para a Febraban, que utiliza uma metodologia diferente, a redução foi de 2,4 pontos, para 18,4 pontos.
 
Apesar da redução de spreads no trimestre, isso não significa que Itaú e Bradesco estão nos patamares historicamente mais baixos. Em junho do ano passado, por exemplo, o spread de crédito do Itaú era de 12,8%, 0,6 ponto percentual menor do que o atual. No caso do Bradesco, o spread se manteve.
 
Os bancos ponderam que a resistência decorre da maior inadimplência ao longo do último ano, o que corrói parte do spread dos bancos. Líquido das perdas com os calotes, o spread do Itaú, por exemplo, passa de 7,6% em junho de 2011 para 7,5% um ano depois.
 
Para conseguir derrubar o chamado spread bruto, aquele antes das perdas com a inadimplência, os bancos estão mudando o mix de suas carteiras de crédito, indo para produtos menos arriscados – como o consignado e o imobiliário – e que, consequentemente, têm menores spreads. A recente sociedade fechada pelo Itaú com o BMG para o crédito consignado já tem isso em mira.
 
Ao longo do tempo, conforme os créditos mais arriscando forem vencendo – e saindo da carteira do Itaú – ficará mais visível a redução dos spreads. “Ainda vai levar alguns anos”, disse Setubal. Mesmo com uma carteira de spreads menores, o movimento no Bradesco não é diferente.
 
Fonte: Valor Econômico/ Carolina Mandl/ Felipe Marques – 26/07/2012

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