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A decisão dos ministros das Finanças da zona do euro de emprestar à Espanha até € 100 bilhões para ajudar bancos em dificuldades é um sinal claro dirigido ao mercado pelos países da zona do euro. “As nações querem mostrar determinação em atuar de maneira decisiva e evitar contaminação”, disse o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.
 
Segundo ele, provavelmente a Espanha apresentará um pedido formal para a ajuda antes do próximo encontro do Eurogrupo, em 21 de junho. “As necessidades do setor bancário da Espanha foram estimadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em € 40 bilhões, mas podem ser muito mais elevadas”.
 
A Espanha espera os resultados de duas avaliações independentes, mas o Eurogrupo decidiu dar uma margem de manobra. Rehn confirmou que as condições relacionadas à ajuda afetarão apenas o setor bancário e o financeiro. “Não haverá condições sobre política fiscal ou reformas estruturais”, disse.
 
O premiê espanhol, Mariano Rajoy, disse que a Espanha evitou o resgate completo de sua dí- vida soberana devido a medidas adotadas para cortar o déficit público e a reformas econômicas empreendidas. “Se não tivéssemos feito o que fizemos nestes cinco meses, o que se teria cogitado seria a intervenção da Espanha”, afirmou.
 
Rajoy assegurou que nem ele, nem o Executivo espanhol foram pressionados a pedir ajuda europeia aos bancos. “Eu é que tenho pressionado. Queria uma linha de crédito para resolver o problema”. Rajoy, que evitou a palavra “resgate”, quis deixar claro que o acordo “não tem nada a ver” com processos em outros países, em velada referência a Grécia, Irlanda e Portugal. Com o resgate a esses três países e à Espanha, a União Europeia (UE) e o FMI já comprometeram cerca de € 500 bilhões.
 
Alemanha, França e Grã-Bretanha reagiram positivamente ao socorro aos bancos espanhóis, fazendo com que as preocupações voltem a se concentrar na Grécia, que realiza eleições legislativas no próximo fim de semana. O ministro da Economia e vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, afirmou que a decisão da Espanha de pedir um resgate para recapitalizar seus bancos é correta e necessária e dará confiança aos mercados. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, avaliou que a ajuda é “uma boa decisão”, mas advertiu que será preciso outras medidas para “reativar o crescimento”. Já o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, destacou positivamente o acordo, mas disse que o país não vai parar de pedir que a Eurozona tome medidas decisivas de estabilização.
 
Em Portugal, o secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, exigiu que o governo negocie um tratamento para Portugal nas mesmas condições. “É necessário que a EU trate todos os Estados membros em pé de igualdade, não pode haver Estados de primeira e Estados de segunda”, criticou.
 
Por sua vez, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disse que “não há razão para pedir novas condições para Portugal”. Ele desconhece qualquer iniciativa da Irlanda nesse sentido e disse que as situações dos países “não são comparáveis”. “Se houver alguma condição excepcional que deva ser partilhada com os outros países que estão sob assistência, não tenho dúvida de que isso acontecerá”.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Agências/ Diário Econômico – 11/06/2012

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