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O interesse estrangeiro por ações de países emergentes chegou ao pequeno investidor americano. Segundo Alex Ibrahim, diretor da Bolsa de Nova York (Nyse) para a América Latina, o ritmo de crescimento econômico de países como Brasil, Peru e Colômbia está alterando a seleção de papéis para as carteiras de pessoas físicas.

“Há um interesse crescente do investidor de varejo. É um dinheiro novo para esses papéis, de quem nunca tinha olhado Brasil como investimento”, diz Ibrahim. A Nyse não temestatísticas sobre o assunto, mas a avaliação de Ibrahim está baseada em sua percepção de mercado, no relacionamento com empresas e investidores e também na liquidez que as ações de emergentes demonstram.

No caso brasileiro, ele destaca o giromédio diário emagosto de US$ 3,4 bilhões dos recibos de ações (ADRs) de empresas do país. “É mais do que a bolsa brasileira negocia em média em todo o segmento acionário. E aumentou ainda mais com a entrada de papéis novos de Petrobras, grande parte subscritos emADRs”, diz.

O aumento de papéis da Petrobras negociados em Nova York aconteceu no último dia 24, quando girou 111,5 milhões de títulos. Até então, a média diária de giro de ADRs da estatal no mês era de 16,4 milhões de títulos. Com o incremento póscapitalização, a média diária no fim do mês de setembro até sexta- feira subiu para 39,2 milhões de títulos da empresa.

O aumento do giro não necessariamente se traduz em valorização dos papéis, ao menos por enquanto. No ano, a variação do índice Dow Jones Brazil Titans, composto pelas 20 ADRs brasileiras de maior liquidez e valor de mercado, é menor do que a variação do DowJones Industrial e do Ibovespa. Enquanto o primeiro avançou 2,1% no ano, o Dow ganhou 4,33% e o ndice brasileiro, 3,24%. 

Segundo o executivo da Nyse, há uma demanda “gigantesca” de empresas brasileiras para listagem de ADR nível 2 e 3 (de fato listadas na bolsa) no mercado americano, em busca de melhoria de precificação, liquidez, diversificação de mercados e de base de acionistas. “Estar na bolsa brasileira é importante, mas não exclui a presença em outros mercados”, considera o executivo. Exemplo de companhia que segue essa lógica é aVale, que está sempre no topo de negociações na bolsa brasileira,mas tambémé negociada em Nova York, em Paris e anunciou sua listagem na bolsa de Hong Kong, para tornar acesso mais fácil do investidor. E, comisso, atrairmaior interesse.

Mas Ibrahim não revela quantas empresas estão interessadas nessa listagem. “Tenho estado muito tempo no Brasil”, resume, apontando que há uma maior diversificação setorial, incluindo na lista empresas do mercado imobiliário, tecnologia e agronegócios.

O executivo avalia ainda que a viabilidade de investidores negociarem papéis americanos em suas bolsas locais, caso dos BDRs não patrocinados que estrearam no Brasil na semana passada, não deve tirar volume da Nyse. “Não canibaliza liquidez primária, mas eleva a liquidez para as empresas listadas em Nova York. É bom para as empresas e, consequentemente, para as bolsas”, acredita.

Fonte: Brasil Econômico / Maria Luíza Filgueiras – 11/10/2010

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